As redes de farmácia, neste ano, ampliaram em 41% sua estrutura para atendimento clínico, como testes rápidos e vacinação, segundo a Abrafarma, que reúne empresas como DPSP e Raia.
O objetivo do setor é entrar na cadeia de atendimento à saúde com o acompanhamento de pacientes, afirma o presidente da associação, Sergio Mena Barreto.
As empresas planejam, futuramente, firmar convênios com planos de saúde e criar um sistema que poderia emitir avisos e enviar dados a médicos cadastrados.
O maior entrave para a expansão do modelo é o atraso da Anvisa (agência reguladora do setor) para definir as regras para a atividade, avalia Deusmar Queirós, fundador do grupo Pague Menos.
"Já oferecemos atendimentos mais triviais, de glicose, pressão, mas ainda aguardamos a regulação para fazer testes, como o de HIV, e vacinas."
A vacinação deverá ser a primeira a ser liberada -a consulta pública sobre o tema já foi concluída, e o setor projeta que até março de 2018 possa oferecer o serviço.
A regulação para testes laboratoriais, porém, ainda deverá passar por consulta pública na agência, que não tem um prazo para a publicação.
Os investimentos no modelo se iniciaram em 2016, mas tem se intensificado neste ano, afirma Queirós.
No primeiro trimestre, 8,5% das lojas de grandes redes tinham espaço para serviços clínicos, taxa que subiu para 12,1% no trimestre seguinte.
"Hoje, todas as lojas abertas pelas grandes redes têm essa estrutura", diz Barreto.