O fundo de private equity Bain Capital voltará a analisar a abertura de capital da operadora de saúde Notredame Intermédica no início do ano que vem. A ideia do controlador é aproveitar os resultados do exercício de 2017 para convencer os investidores de que o valor de avaliação de R$ 10 bilhões desejado pela companhia é justo. A despeito da boa receptividade dos investidores nos encontros preliminares para a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a indicação era de que dificilmente o preço almejado seria alcançado.
Dinheiro no bolso
No mercado comenta-se, ainda, que um mecanismo de bonificação dado aos administradores da operadora, chamado de stock option, trouxe algum desalinhamento entre os executivos da Intermédica e a Bain. Isso porque o valor a ser recebido pela administração seria maior em caso de IPO do que em uma operação fusão e aquisição (M&A, na sigla e inglês), que também era considerada pelo fundo.
Caindo em desuso
A stock option, uma espécie de remuneração variável, permite que os profissionais adquiram ações da empresa onde trabalham com um preço abaixo do praticado no mercado. Esse mecanismo de bonificação, no entanto, tem deixado cada vez mais de ser utilizado. Procurada, a Intermédica não comentou.