Pela primeira vez, cientistas conseguiram reverter o envelhecimento com uso de células-tronco. Pesquisadores do instituto Cedars-Sinai Heart injetaram células cardíacas frescas de ratos recém-nascidos nos ratos mais velhos. No estudo, ratos de 22 meses de idade, considerados velhos, receberam o material orgânico de ratos com quatro meses de idade. Todos eles tiveram uma melhora no funcionamento do coração e na capacidade de se exercitar na ordem de 20%, além de renovar os pelos mais rapidamente do que aqueles que não receberam as células. Porém, o estudo não testou se o uso dessas células expandiria a vida dos animais mais idosos.
“Nossos estudos anteriores em laboratório e testes clínicos mostraram ser promissores no tratamento de falhas do coração usando infusão de células tronco. Agora, achamos que essas células especializadas poderiam reverter problemas associados ao envelhecimento do coração”, explicou o autor do estudo, Eduardo Marbán, ao portal de notícias britânico Daily Mail.
O grupo que recebeu as novas células se juntou a outro, que recebeu uma vacina placebo e ambos foram comparados com os animais jovens. O funcionamento do coração foi medido em todos os ratos através de ecocardiogramas, utilizando esteiras de corrida para testes de estresse e análise sanguínea. De acordo com Marbán, as vesículas mandam sinais para as moléculas de RNA e proteínas e então elas recebem instruções que devem rejuvenescer.
Células-tronco são um tipo de célula básica que podem ser mudadas para qualquer outro tipo de célula especializada através de um processo chamado de diferenciação. Elas crescem em embriões como células tronco embrionárias, sendo usadas para formar as milhões de células diferentes de um bebê antes do nascimento. Na vida adulta, essas células são usadas como células de reparação e substituem aquelas que são perdidas por danos ou envelhecimento.