O Hospital do Rim e Hipertensão é a instituição de saúde que mais faz transplantes no mundo: 800 a mil por ano, o dobro do segundo colocado. Além de ser referência do SUS na especialidade, o hospital é um dos principais polos do Sistema Nacional de Captação de Órgãos com treinamento de equipes que atuam em todo o Brasil. Foi fundado em 1998 a partir da disciplina de Nefrologia do Departamento de Medicina da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e posteriormente transformou-se em instituto filantrópico.
"Seu objetivo é o ensino e assistência expandindo as atividades da Escola Paulista de Medicina", afirma o diretor do programa de transplantes da Unifesp e Hospital do Rim, José Medina Pestana. Nos quinze anos de funcionamento formou mais de 600 médicos que replicam o modelo de atendimento em outras unidades do país.
O hospital tem caráter acadêmico e assistencial com atendimento multiprofissional. O centro congrega médicos das disciplinas de nefrologia, endocrinologia, psiquiatria e gastrocirurgia assim como profissionais das áreas de enfermagem, nutrição e psicologia. Atuando em conjunto esses profissionais oferecem diagnóstico e tratamento para pacientes com hipertensão arterial, com diabetes e hipertensão, com alteração do perfil lipídico, com síndrome metabólico e obesidade.
"O hospital é remunerado pelo SUS por procedimento e grau de complexidade, recebe auxílio da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo e verbas obtidas por meio de emendas parlamentares", afirma Pestana. São 143 leitos, com apenas 20 destinados a convênios privados. O hospital conta com laboratórios para todos os exames da especialidade e equipamentos de ultrassom, tomografia e hemodinâmica. Em hemodiálise, vai inaugurar uma nova unidade que será aberta nos próximos 18 meses, ampliando em 30% a capacidade de atendimento.
Há três anos o hospital é escolhido pelo SUS como o melhor do Estado de São Paulo, recebeu acreditação do Ministério da Saúde e é auditado pelo órgão americano FDA (Food and Drug Administration). "A repercussão social do hospital é muito grande como maior centro mundial de transplantes unindo assistência à saúde, ensino de graduação, pós-graduação, pesquisa clínica, capacitação e atualização dos profissionais da área", diz Pestana. Outra linha de pesquisa é na área de desenvolvimento de órgãos artificiais e uso de tecidos de animais. (ALM)