Criar programas que rodem em todas as plataformas e escolher os dispositivos certos para cada tarefa, a fim de garantir uma saúde distribuída, independentemente da região. Essa é a proposta de várias empresas privadas que têm firmado parceria com a Universidade de São Paulo, o Conselho de Telemedicina e Telessaúde, além do próprio governo.

"Nosso papel é garantir um sistema rápido, eficiente, que assegure o uso por um longo tempo e que possa ser transportado com facilidade e não perca a conectividade" afirma José Bruzadin, diretor da Intel World Ahead-HealthCare. "Foi com essa proposta que conseguimos colocar um projeto de telemedicina no Tocantins em 60 dias, tendo por desafio o estágio de distribuição e acesso da banda larga no país".

Segundo ele, a garantia de mobilidade ofertada aos profissionais de saúde tende a mudar a realidade de muitas regiões brasileiras, com redução de custos e possibilidade de interação com especialistas e conteúdos a partir de qualquer região e a qualquer hora. Daí a importância de se desenvolver sistemas que sejam compatíveis com softwares variados e multitarefas.

A opinião é compartilhada por Antonio Carlos Valente, presidente do Grupo Telefônica Vivo , que há um ano vem desenvolvendo produtos e serviços na área de e-health no Brasil. "Gostaríamos de alcançar na saúde o mesmo desempenho verificado na educação, com 68 mil escolas públicas já conectadas à internet", diz.

Entre os serviços lançados para hospitais, clínicas e unidades públicas, estão a Gestão de Demandas, solução multicanal que ajuda no agendamento de consultas e exames médicos; a Gestão Digital de Imagens Médicas, que permite aos profissionais e usuários acesso a exames de imagem a partir de qualquer dispositivo eletrônico, seja móvel ou desktop, agilizando o diagnóstico, assim como projetos de centrais de laudo que poderão atender locais remotos com a estrutura de telecomunicação de trânsito das imagens por meio de redes de voz, satélites e armazenamento em nuvem; Gestão da Saúde da Família, que melhora a produtividade e eficiência dos agentes e equipe de saúde mediante o uso de dispositivos móveis e aplicações de última geração; Gestão de Pacientes Crônicos, que disponibiliza canais de comunicação aos clientes dos dispositivos, ferramentas de gestão clínica/operacional e o suporte necessário para promover a gestão remota fim dos pacientes com patologias crônicas.

Paralelamente, a Telefonica Vivo lançou a Teleassistência Móvel, solução na qual pessoas idosas ou com alguma dependência conseguem, através de um dispositivo, acesso rápido a um profissional de saúde, que pode orientá-lo ou, em caso de necessidade, contar um parente e até mesmo um atendimento médico a qualquer hora do dia. (KS)