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Doria aposta em telemedicina para frear espera por exames
29/06/2017
A Prefeitura lançou ontem (28) um programa dermatológico, pelo Doutor Saúde, em que os médicos realizarão diagnósticos com base em informações passadas pela internet. Médica dermatologista questiona eficiência e afirma que não é o método ideal. A postura da gestão paulistana tem como objetivo suprimir a fila de espera para exames dermatológicos na capital, que atualmente conta com 65 mil pessoas esperando para ter uma 1ª consulta desse tipo. A expectativa é reduzir o prazo de espera, que chega até 6 meses, para no máximo 30 dias.
O programa, por meio de parceria com Hospital Albert Einstein e o Centro de Integração de Educação e da Saúde Global (Cies), permitirá que esses pacientes compareçam a uma unidade de saúde para apresentar dados clínicos, como histórico e sintomas, além de imagens fotográficas das lesões que serão enviados, por meio de um sistema de apoio à telemedicina, para dermatologistas do Hospital Albert Einstein.
Posteriormente, os laudos produzidos serão reencaminhados ao atendimento básico de saúde do município que, de acordo com as necessidades de cada paciente, fará o encaminhamento para a unidade correspondente.
Exames que tiverem suspeita de câncer, com recomendação de biópsia ou retirada de lesão terão prioridade no serviço.
A dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Lívia Pino, explica que apesar da iniciativa ser boa, a análise das informações on-line pode prejudicar a precisão do diagnóstico. "A foto nem sempre condiz com a realidade. É complicado, pois as lesões de pele são muito parecidas", explica.
Ela também frisa que a história do paciente é essencial para entender qual o problema e dar o diagnóstico, mas nem sempre ele é capaz de fornecer todas as informações necessárias. "Nada substitui a consulta presencial. A relação médico-paciente é muito importante, porque é vendo e conhecendo o paciente que as dúvidas surgem", diz.
Segundo o assessor da secretaria da Saúde, Joel Formiga, o hospital realizará gratuitamente as análises até o final deste ano. Esse serviço, segundo a prefeitura, está avaliado em R$ 1 milhão.
Capacitação
Sem se aprofundar sobre como será feito, a prefeitura também apresentou, no programa, uma proposta de capacitação de clínicos gerais para que estes, no futuro, realizem o atendimento dermatológico por conta própria. Lívia afirma que essa ação é complicada, pois apesar dos médicos serem capacitados para cuidarem da saúde de maneira geral, para se tornar apto a tratar de maneira responsável, o médico precisaria passar por um curso de especialização. Ela propõe como alternativa o chamamento de dermatologistas para o projeto.
Unidade Móvel
Em conjunto com o programa, a gestão lança a Carreta Dermatológica, operada pelo Cies Global e que ficará inicialmente sob a Supervisão Técnica de Saúde de Santo Amaro/Cidade Ademar, e será responsável por realizar os atendimentos de coleta, marcados para início no dia 17, e será responsável por parte dos procedimentos cirúrgicos.
Segundo a prefeitura, o projeto de saúde será ampliado gradativamente e levado para outras supervisões da região sul da cidade e, posteriormente, para outras regiões da capital paulista.
O programa, por meio de parceria com Hospital Albert Einstein e o Centro de Integração de Educação e da Saúde Global (Cies), permitirá que esses pacientes compareçam a uma unidade de saúde para apresentar dados clínicos, como histórico e sintomas, além de imagens fotográficas das lesões que serão enviados, por meio de um sistema de apoio à telemedicina, para dermatologistas do Hospital Albert Einstein.
Posteriormente, os laudos produzidos serão reencaminhados ao atendimento básico de saúde do município que, de acordo com as necessidades de cada paciente, fará o encaminhamento para a unidade correspondente.
Exames que tiverem suspeita de câncer, com recomendação de biópsia ou retirada de lesão terão prioridade no serviço.
A dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Lívia Pino, explica que apesar da iniciativa ser boa, a análise das informações on-line pode prejudicar a precisão do diagnóstico. "A foto nem sempre condiz com a realidade. É complicado, pois as lesões de pele são muito parecidas", explica.
Ela também frisa que a história do paciente é essencial para entender qual o problema e dar o diagnóstico, mas nem sempre ele é capaz de fornecer todas as informações necessárias. "Nada substitui a consulta presencial. A relação médico-paciente é muito importante, porque é vendo e conhecendo o paciente que as dúvidas surgem", diz.
Segundo o assessor da secretaria da Saúde, Joel Formiga, o hospital realizará gratuitamente as análises até o final deste ano. Esse serviço, segundo a prefeitura, está avaliado em R$ 1 milhão.
Capacitação
Sem se aprofundar sobre como será feito, a prefeitura também apresentou, no programa, uma proposta de capacitação de clínicos gerais para que estes, no futuro, realizem o atendimento dermatológico por conta própria. Lívia afirma que essa ação é complicada, pois apesar dos médicos serem capacitados para cuidarem da saúde de maneira geral, para se tornar apto a tratar de maneira responsável, o médico precisaria passar por um curso de especialização. Ela propõe como alternativa o chamamento de dermatologistas para o projeto.
Unidade Móvel
Em conjunto com o programa, a gestão lança a Carreta Dermatológica, operada pelo Cies Global e que ficará inicialmente sob a Supervisão Técnica de Saúde de Santo Amaro/Cidade Ademar, e será responsável por realizar os atendimentos de coleta, marcados para início no dia 17, e será responsável por parte dos procedimentos cirúrgicos.
Segundo a prefeitura, o projeto de saúde será ampliado gradativamente e levado para outras supervisões da região sul da cidade e, posteriormente, para outras regiões da capital paulista.
Fonte: DCI
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