Com a mudança na lei que define as regras para o recolhimento de ISS as operadoras de planos de saúde passarão a pagar o tributo na cidade onde o serviço é prestado e não na cidade onde está a sede da empresa, como ocorre atualmente.
As maiores operadoras e seguradoras de saúde do Brasil têm sede em São Paulo ou no Rio de Janeiro, mas para atender às novas exigências terão que abrir filiais em mais de 5.500 municípios, o que torna essa operação cara, burocrática e inviável.
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) estima que em mais de 3.800 municípios a presença das operadoras de saúde é inviável, pois existe menos de 1.000 usuários do serviço.
Angelo Epifanio, empresário, consultor na área de saúde e responsável pela criação da RedeCare, afirma que essa mudança prejudica não só as operadoras de planos de saúde, mas principalmente aos usuários e aos prestadores de serviço. Segundo o consultor, atualmente os médicos têm o plano de saúde como principal forma de atrair pacientes para seus consultórios, embora muitos não concordem com os valores pagos por consulta, eles acabam reféns desse sistema.
Assim, se ocorrer à saída dessas operadoras na maioria das cidades do país, o profissional encontrará ainda mais dificuldades para manter seu consultório, sendo possível a migração desses profissionais para cidades maiores, em busca de condições melhores de trabalho.
Sem a oferta de planos de saúde, com a escassez de profissionais disponíveis e com os preços ainda mais elevados pela baixa concorrência, restará aos usuários o serviço do SUS, que assumirá uma nova demanda, sobrecarregando ainda mais o serviço público de saúde.
Os novos usuários do SUS têm um perfil diferente, diz Angelo Epifanio. De acordo com o consultor, essas pessoas que estão acostumadas a utilizar os serviços dos planos de saúde, que embora não sejam o ideal são melhores avaliados do que o serviço público, tenderão a comparar os serviços, o que aumentará o número de reclamações, fazendo despencar o índice de satisfação com o serviço público.
A percepção negativa dos usuários com relação a esses serviços pode agravar ainda mais o problema. Estamos lidando com a saúde das pessoas e isso tem um forte apelo emocional, completa o consultor.
Muitos dos usuários que deixaram os planos de saúde estão buscando serviços em clínicas populares e, não é por acaso, que esse tipo de atendimento básico a saúde tem se multiplicado, principalmente nos grandes centros. No entanto, em cidades pequenas, no interior do país, ainda existem poucas opções e essas clínicas populares são uma realidade distante.
A RedeCare oferece uma alternativa que pode ser utilizada em todo Brasil, conectando pacientes a consultórios e clínicas de todas as especialidades, através da Internet.
O serviço oferecido pela plataforma online e app pode ser facilmente utilizado por qualquer médico ou paciente, independentemente da cidade onde estejam. Além disso, o cadastro é fácil e gratuito.