Consenso, contudo, é de que governo central não conseguirá cumprir meta fiscal no ano
Uma melhora na expectativa do déficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) é esperada por analistas do mercado financeiro este ano, com provável aumento da arrecadação e ligeira queda nas despesas. Apesar disso, eles concordam que o governo não vai conseguir cumpria a meta fiscal deste ano.
Pela projeção do mercado, a previsão é de que o rombo totalize R$ 142,052 bilhões, abaixo da estimativa de maio, de R$ 148,036 bilhões, informa o relatório Prisma Fiscal, divulgado pelo Ministério da Fazenda nesta terça-feira, pela mediana dos dados levantados até o início de junho.
O montante, porém, ainda está acima da meta oficial de déficit primário de R$ 139 bilhões no ano. Concretizada a projeção do mercado, este será o quarto ano seguido que o governo não consegue economizar para pagar juros da dívida pública.
Segundo o relatório, projeta-se uma maior arrecadação federal neste ano, agora em R$ 1,346 trilhão sobre R$ 1,342 trilhão anteriores, e despesas totais menores, de R$ 1,290 trilhão em vez de R$1,295 trilhão.
Para 2018, as contas foram pioradas para déficit primário, de R$ 127,446 bilhões de reais, contra R$ 125,124 bilhões. Nesse caso, contudo, a projeção continua dentro da meta estipulada de rombo de R$ 129 bilhões, segundo projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
No caso da dívida bruta, houve pequenas alterações para 2017, avançando para 75,47%, sobre 75,44% do relatório anterior. Para 2018, a estimativa passou a 78,60%, contra 78,50%.