As aplicações financeiras de operadoras de saúde devem ganhar importância nos resultados das empresas, afirma o diretor da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) Leandro Fonseca. Em 2016, as despesas das operadoras cresceram a 14,13%, uma taxa maior que o aumento das receitas, que subiram 12,7%.
Os ativos garantidores das empresas (recursos reservados para garantir o pagamento de passivos, e que podem ser aplicados no mercado financeiro) subiram 16,8%.
“A operação em si dos plano de saúde não tem dado um retorno satisfatório. O que reverte a tendência negativa é o resultado financeiro.”
Para as operadoras, o aumento dos aportes apenas acompanha a necessidade de garantir despesas cada vez maiores, diz o economista-chefe da Abramge (entidade do setor), Marcos Novais.
“Não vejo operadoras se movimentando para aplicar mais que o necessário, que é cobrir os passivos, mas é uma receita financeira importante, em um momento em que não conseguem ter margem na operação dos planos.”