Saúde suplementar tem alta de 1,4% nos empregos em abril
09/06/2017
Enquanto o desemprego se mantém em alta no Brasil diante da crise econômica, o mercado de saúde suplementar começa a indicar aumento dos quadros no setor de 1,4% em abril na comparação com o mesmo período de 2016. 

De acordo com o Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess), o setor encerrou o mês de abril com 3,4 milhões de postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos. Deste montante, 71% fazem parte do subsetor de prestação de saúde, 24% do grupo de fornecedores e 5% fazem parte das operadoras de saúde. 

Segundo o relatório, a taxa de crescimento do setor foi de 1,4% no período, na comparação em 12 meses. O resultado vai na contramão da taxa geral do País que foi de -2,8% na mesma base de comparação. No recorte por subsetor, o que apresentou maior crescimento no período foi o de fornecedores (1,7%), seguido por prestadores de serviço (1,3%) e operadoras de saúde (1,1%). 

Já o saldo de criação de vagas formais (relação entre admissões e demissões) de toda a cadeia foi de 12,165 mil, uma variação de 13,3%, ante mesmo período de 2016. 

Na análise do superintendente executivo do Iess, Luiz Augusto Carneiro, se nada de extraordinário acontecer, o setor tende a manter um saldo superior ao do restante da economia como um todo. 

Em todos os subsetores o saldo de empregos foi positivo. A variação na comparação com o saldo atingido em abril de 2016, no entanto, foi positivo apenas em dois: fornecedores (38,5%) e prestadores (8,9%). Nas operadoras, a variação mostra uma desaceleração no ritmo de contratações, ficando em -17%. De acordo com Carneiro, o saldo de vagas formais no subsetor de fornecedores teve um crescimento expressivo por conta, sobretudo, das atividades de fornecimento de infraestrutura de apoio e assistência a paciente no domicílio (18,8%). "Dada a maior evidência de resultados positivos de homecare, a indústria de fornecimento de materiais especializados tem crescido", diz. 

Sobre a queda no número de beneficiários de planos de saúde - que desde maio de 2015 perdeu 2 milhões de vidas -, o executivo comenta as operadoras são as que possuem impacto direto, já que os outros subsetores podem ter influência da utilização dos serviços públicos de saúde e outros fatores sazonais. 

Operadoras de saúde 

Segundo o diretor executivo Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), José Cechin, no caso das operadoras alguns motivos que podem ter mantido o saldo positivo nos últimos dois anos são os investimentos em profissionais de tecnologia da informação (TI), os movimentos de compra e aquisição no setor - como o das operadoras verticalizadas que adquiriram hospitais -, as novas regulamentações [como o de unidades de atendimento presencial] e o aumento no número de exames realizados. 

De acordo com a FenaSaúde, mesmo com uma grande perda no número de beneficiários, o número de exames realizados passou de 759 milhões em 2015 para 917 milhões em 2016, na mesma comparação as consultas saltaram de 267 milhões a 301 milhões. "É provável que a contratação entre os prestadores também tenha sido motivada por esse aumento da demanda", explica. (DCI)
Fonte: Unidas




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