FSB diversifica e aposta em aplicativo de venda online
26/05/2017 - por Gustavo Brigatto
A agência de comunicação FSB formou uma joint venture com a startup belga Appiness, para oferecer no Brasil um aplicativo que permite ao consumidor fazer compras de produtos que ele vê na TV ou em vídeos na internet. O investimento no serviço faz parte da estratégia de diversificação da FSB, que criou em janeiro uma área específica para negócios digitais.
 
Líder do mercado de comunicação corporativa, com receita bruta de R$ 248 milhões em 2016, de acordo com anuário do setor elaborado pela Mega Brasil, a FSB busca uma atuação mais ampla, dentro do conceito de comunicação integrada que envolve o relacionamento com jornalistas, mídias sociais e também a publicidade.
 
Segundo Diego Ruiz, sócio-diretor da companhia, não estão descartadas alianças com outras empresas e aquisições. "A prioridade é o crescimento orgânico, mas se aparecer alguma coisa no caminho, podemos avaliar", disse. No foco, estão agências digitais de menor porte.
 
Recém-chegado à FSB e ao mundo da comunicação ele atuou na área financeira da divisão da distribuição da JBS na Europa e no grupo EBX Ruiz fez a ponte entre a agência e a Appiness. Ele e Jonas De Cooman, co-fundador e co-executivo-chefe da startup, se conheceram durante um MBA na Universidade de Chicago, entre 2014 e 2016.
 
O aplicativo desenvolvido pela empresa belga, o Spott, atua numa modalidade conhecida como TV commerce. Funciona assim: o consumidor assiste a um programa de TV ou vídeo e quando se interessa pela roupa de um personagem, por exemplo, abre o aplicativo, que é capaz de reconhecer qual programa está sendo exibido e remeter à loja virtual da atração onde o item pode ser comprado.
Segundo De Cooman, o catálogo de produtos disponíveis é construído por meio de parcerias com canais de TV, varejistas
Online e marcas. A Appiness ganha um percentual sobre as vendas feitas pelo aplicativo e também com campanhas das marcas para atingir seus usuários. "A TV é uma plataforma de inspiração para as pessoas e essa interação com o consumidor é uma forma de trazer de volta verbas publicitárias que migraram para o ambiente digital", disse.
 
De acordo com Flavia Bonfá, diretora de novos negócios e planejamento da FSB, o aplicativo está sendo apresentado a clientes da agência. A expectativa é que o Spott seja lançado oficialmente no terceiro trimestre.
 
A ampliação do escopo das agências de comunicação é um movimento que ocorre no mundo todo e ganhou força no Brasil nos últimos três anos, com a compra dos principais nomes do setor por grupos internacionais de publicidade. A WPP adquiriu a Máquina da Notícia e a Ideal por meio de suas divisões Cohn & Wolfe e Hill+Knowlton? a Weber Shandwick, da Interpublic, comprou a S2? e a Omnicom assumiu o controle do Grupo ABC, do publicitário Nizan Guanaes, que havia incorporado a CDN.
 
A FSB chegou a ser sondada, mas não fechou com nenhum grupo, ficando com uma oferta menos completa que os concorrentes. Ruiz avalia que não estar associado a uma estrutura internacional deu à companhia mais liberdade para decidir que rumos tomar.
Fonte: Valor




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