Atenção para todos os lados
22/02/2017
Apesar do forte crescimento, a adoção da nuvem no Brasil ainda enfrenta o paradoxo de ter a segurança como a principal barreira e, ao mesmo tempo, um de seus pilares. De um lado, as empresas ainda temem a exposição de seus dados em ambientes fora de seu controle, mas também cresce a percepção de que os fornecedores especializados contam com instrumental de segurança inacessível à maioria das corporações.

A posição do Gartner, por exemplo, é que a segurança relacionada ao uso de serviços em nuvem pode ser maior do que em casa. "O profissionalismo é maior em provedores de nuvem", resume o diretor de pesquisas Claudio Neiva. Um paralelo seria o nível de segurança superior oferecido pelos bancos em relação à guarda do dinheiro sob o colchão.

Segundo o Gartner, os investimentos em nuvem devem avançar quase 18% ao ano no Brasil até 2020, acima da média mundial. O destaque fica para serviços de gerenciamento e segurança, com expansão anual perto de 30%. "A segurança é a principal preocupação no ambiente de nuvem pública, e também o principal motivador da adoção", acrescenta Luciano Ramos, analista da IDC.

Um dos pontos é o posicionamento de provedores como fornecedores de serviços para ajudar a jornada das empresas rumo à nuvem, inclusive com oferta de serviços gerenciados de segurança. Além disso, espera-se de segmentos como softwares como serviços (SaaS), que consomem perto de 60% dos investimentos em nuvem pública no Brasil, questões como controle de segurança, redundância e recuperação embutidas no provimento dos serviços.

A mudança de posicionamento dos players de tecnologia e datacenter, com crescente atuação como provedores de serviços de segurança, também é destacada pela Frost & Sullivan. Segundo o analista de segurança Maurício Chede, o segmento de serviços gerenciados de segurança consumiu US$ 180,3 milhões de dólares no Brasil em 2016 e deve alcançar US$ 350,1 milhões em 2021.
Izabela Januário, analista de cloud, vê carência de planejamento de longo prazo na jornada das empresas para a nuvem, mesmo que muitas estejam deixando as fases de testes para trás e implementando planos mais ambiciosos - além de movimentos como a força das nuvens híbridas que ainda deve perdurar por algum tempo e adoção de múltiplas nuvens (multicloud), com apoio de fornecedores especializados.
Fonte: Valor




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