Prontuário eletrônico certificado pelo CFM, seguro e com valor acessível?
07/02/2017

A utilização do papel para o registro dos pacientes está com os dias contados nos consultórios e clínicas médicas do Brasil. Se antes a utilização de prontuários eletrônicos era item restrito a grandes hospitais, hoje é uma ferramenta imprescindível para otimizar a gestão e melhorar a qualidade no atendimento aos pacientes.

De acordo com pesquisa TIC Saúde 2015, divulgada em novembro de 2016 e conduzida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), três em cada quatro estabelecimentos de saúde possuem um sistema eletrônico para o registro das informações dos pacientes. Além disso, 16% já utilizam registros apenas no formato eletrônico.

A popularização do prontuário eletrônico ancora-se em três pontos: preço, mobilidade e segurança da informação. Por mais que a falta de recursos ainda seja apontada como principal barreira na adoção desta tecnologia, ainda de acordo com a TIC Saúde, o fato é que essas soluções estão mais baratas. Hoje, é possível encontrar fornecedores com preço abaixo de R$ 100 por usuário.

Além disso, os principais prontuários eletrônicos operam sob o conceito de cloud computing. Com as informações inseridas na nuvem, o médico consegue acessar seus documentos de qualquer dispositivo móvel. Por fim, o recurso também aumenta a segurança da informação devido à organização e disposição dos dados – além de eliminar falhas na comunicação devido a problemas na caligrafia dos profissionais.

Menos papel, mais qualidade no atendimento

O objetivo dos prontuários eletrônicos é reduzir e até eliminar o uso do papel no consultório, eliminando arquivos físicos no consultório e abrindo espaço na agenda para que o médico possa se dedicar aos seus pacientes. Contudo, para eliminar os documentos em papel, o profissional precisa possuir um prontuário eletrônico de acordo com as normas NGS-2 do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).

Segundo a resolução 1821/07 do CFM, somente soluções que atendam aos requisitos da Certificação SBIS-CFM, com Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS-2), podem substituir o papel na área médica. Isso porque essa categoria permite a integração do prontuário eletrônico com certificado digital. Assim, todos os processos clínicos serão registrados, assinados e armazenados no meio eletrônico – sem papel e carimbo, mas com validade jurídica garantida pela assinatura digital.

* Tiago Delgado é sócio-fundador da Medicina Direta, empresa especializada em gestão e serviços digitais para clínicas e consultórios





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