O papel da Apple no mercado de saúde
30/01/2017
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No mundo atual, as maiores empresas de tecnologias direcionam suas estratégias para mudar o mundo. Google, Facebook, Apple e Microsoft são verdadeiros gigantes, responsáveis por produtos que afetam diariamente a vida de milhões de pessoas, e essa visão “sentimental” é a realidade das empresas de tecnologias, desde dos anos 2000.

Mas não se muda o mundo apenas com celulares e redes sociais: e essas empresas sabem muito bem disso. As gigantes estão utilizando as informações e o uso em massa de seus produtos para poderem atuar em outras áreas, e uma delas é claro, a saúde.

Em 2016, a Apple adicionou duas novas tecnologias em seu sistema operacional móvel: o CareKit e o ResearchKit. Ambos apresentam uma proposta parecida: aproveitar a infinidade de pessoas que usam seus aparelhos todos os dias e ajudar o usuário a entender melhor sua saúde. Além disso, o ResearchKit ajuda várias organizações que precisam fazer pesquisas com “universos” de voluntários.

O CareKit é um aplicativo que centraliza todas as informações de saúde do usuário do celular. O benefício oferecido é ter uma visão geral sobre sua evolução em distintas áreas da sua vida. Por exemplo, o usuário pode adicionar sua pressão arterial diariamente e ter facilmente relatórios da sua evolução ou pressão média por mês. É possível, também, inserir o seu peso e acompanhar todo o processo de dieta, ver suas curvas de tendência. O aplicativo monitora muito mais coisas como: alimentação, passos, corridas e batimentos cardíacos.

A parte mais interessante é que não é preciso colocar estes dados manualmente. Você pode ter aplicativos que colhem essas informações automaticamente e “alimentam” o aplicativo. De que maneira? Existem dispositivos que enviam as informações diretamente como o próprio Apple Watch ou balanças eletrônicas que sincronizam seu peso todos os dias através do celular por tecnologia bluetooth, ou mesmo aplicativos de corrida (Runtastic ou Nike+) que envia as informações para o CareKit.

A Apple também, anunciou o ResearchKit que visa contar com a ajuda dos usuários, para auxiliar outra camada da saúde: médicos, pesquisadores e universidades. O ResearchKit trata-se de uma plataforma, pela qual, qualquer entidade pode utilizar os serviços da Apple para enviar pesquisas, ou até mesmo, solicitar dados (com consentimento) dos usuários.

O benefício colhido é bastante valioso e revolucionário. Hoje o método científico para pesquisas é muito complexo: é preciso contar com voluntários, selecionar seus perfis, filtrá-los e entrevistá-los para o experimento e fazer um acompanhamento, em muitos vezes pessoal, de suas evoluções. Através do ResearchKit, se a empresa quiser realizar uma pesquisa com pessoas de 20 a 45 anos, acima do peso, de cor negra, a Apple envia as solicitações de pesquisa para esses usuários, utilizando sua base de usuários, e casos estes aceitem, receberão todas as instruções através da plataforma anonimamente.

Porém, nem tudo são apenas flores: em um mundo em que se discute cada vez mais a questão da privacidade versus o benefício tecnológico, é preciso confiar na empresa.

Motivos não faltam! Nos Estados Unidos, um estudante do ensino médio, de 17 anos, começou a sentir dores nas costas, e não deu muita bola, mas foi ao hospital após seu Apple Watch notar, através do CareKit, que havia algo fora do normal e avisá-lo. Paul tinha uma grave doença chamada de Rabdomiólise. Sua vida foi salva.

O uso da tecnologia, sem dúvida, está para o bem ou para o  mal, mas se todas as empresas forem por essa direção, o futuro promete bons frutos!

 



 




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