A criação de sistemas de saúde sustentáveis e com maior grau de eficiência tem sido um dos grandes desafios da área médica da atualidade. O envelhecimento da população demanda novos desafios que requerem mais verbas e mais tempo – de pesquisa, de atendimento, de análise de dados e informações. No entanto, a tecnologia tem andado a passos largos, trazendo uma solução que, mais do que uma grande tendência global para a área, em breve será uma exigência do mercado: a interoperabilidade estratégica.
Muito além da conexão de sistemas e dispositivos, a interoperabilidade estratégica permite o fornecimento de informações certas no momento certo, transformando os procedimentos em saúde. Ao conectar comunidades do setor ao redor de informações claras e fáceis de serem acessadas, é possível não apenas alavancar a qualidade do atendimento mas também transformar a própria gestão da saúde. O emponderamento da assistência médica através da saúde conectada já é uma realidade em milhares de empresas em todo o mundo, com resultados positivos em amplos aspectos.
É o caso do Chile, por exemplo, que escolheu o HealthShare®, plataforma tecnológica de interoperabilidade para a saúde, e o TrakCare®, sistema unificado de informações de saúde, para o projeto SIDRA, transformando seu sistema de saúde pública em um modelo de acesso universal centralizado na rede. Hoje são mais de 200 instalações de atendimento básico e 60 hospitais com fluxo de trabalho integrado que reduziu, por exemplo, a duplicação de documentos e de exames, poupando tempo e gastos desnecessários. O sistema de saúde vem ganhando muito mais agilidade, com resultados de exames entregues instantaneamente aos profissionais de saúde.
A saúde conectada propicia, por exemplo, uma melhor comunicação entre agências de serviço comunitário, fornecedores, gestores de cuidados, pacientes e familiares, suprindo continuamente todos os envolvidos de informações relevantes, que colaboram para a assertividade nas tomadas de decisão. E, mais do que prejuízos físicos, decisões mal tomadas podem custar vidas. A saúde conectada permite a análise em tempo real do paciente e mais segurança na aplicação de processos graças ao acesso às informações compartilhadas.
É o que já ocorre, por exemplo, no Distrito Federal através do Sistema Integrado de Saúde (SIS), que beneficia as cerca de 6 milhões de pessoas registradas no sistema. O projeto de saúde conectada integra os dados de gestão de 44 centros de atendimento, 22 laboratórios, 17 hospitais, 63 farmácias, 60 pontos de coleta e 4 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) através do sistema de prontuário eletrônico TrakCare®. Hoje, o SIS já é referência mundial na qualidade de atendimento ao cidadão.
Ao unir todas as pontas da área, a saúde conectada cria uma rede de eficiência que se reflete no atendimento ao paciente, na relação dos familiares com a doença, na real redução de custos para as instituições, na agilidade dos sistema pela troca de informações instantânea, e na maior segurança dos tratamentos, já que até os pedidos de medicamento são enviados de forma eletrônica, com o sistema sinalizando possíveis combinações perigosas.
É mais uma vez a tecnologia revolucionando a saúde, criando condições para um atendimento mais sustentável, assertivo e humano.