Os principais planos de saúde e hospitais do Brasil estão testando o modelo de remuneração baseado em diagnóstico, ou seja, com o pagamento de um valor fixo por diagnóstico médico. "O Brasil é o único grande mercado que ainda trabalha com um modelo de remuneração com conta aberta, é um formato que incentiva o gasto", diz Alfredo Cardoso, consultor de saúde e ex-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Nos Estados Unidos, esse modelo, conhecido como DRG, teve grande adesão porque o governo americano estabeleceu que os procedimentos feitos via Medicare, programa público a pessoas com mais de 65 anos, tenham um valor fixo. "Lá, deu tão certo porque houve a força de um grande comprador", destaca Cardoso.
No Brasil, estão sendo testados alguns modelos em que se o gasto médico extrapolar muito o valor fixado devido, por exemplo, à piora da saúde do paciente, esse custo adicional é dividido entre a operadora e o hospital. A PwC vai fazer um estudo comparando o custo de procedimentos pagos com valor fixo e conta aberta.
Operadoras como Amil, Bradesco Saúde, NotreDame Intermédica, SulAmérica, Hapvida, Sompo Saúde, São Francisco e os hospitais ligados à Anahp, associação de hospitais privados que tem entre seus associados a Rede D'Or, Sírio Libanês, Albert Einstein, Samaritano, Beneficência Portuguesa, entre outros, já adotam remuneração fixa em alguns procedimentos.