Uma nova opção de tratamento para pessoas que desenvolveram Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), condição que compromete a visão, poderá ser incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). A Anvisa aprovou a regulamentação que autoriza o uso excepcional do bevacizumabe (Avastin) para o tratamento dessa doença no SUS.
O Avastin (bevacizumabe) tem registro na Anvisa desde 2002, mas como medicamento oncológico para o tratamento do carcinoma metastásico. Ao longo dos anos, no entanto, pesquisas comprovaram que o bevacizumabe é efetivo no tratamento da DMRI, doença que acomete a população a partir dos 50 anos, sendo mais frequente a partir dos 65 anos.
Atualmente, o medicamento é empregado para tratar a DMRI em muitos países, como Itália, França, EUA, Tailândia e também no Brasil. É o uso “off label”, ou seja, fora das indicações previstas em bula.
A decisão da Anvisa atende a uma solicitação de autorização de uso feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), do Ministério da Saúde, feita com base nos estudos científicos sobre o efeito do bevacizumabe na DMRI.
A autorização dada pela Anvisa tem duração de três anos, renovável por igual período. Na RDC 111/2016, a Agência estabeleceu as exigências sanitárias às quais está condicionado o uso do medicamento.