Usar a tecnologia para entregar um serviço melhor é um desafio para muito hospitais. Porém, é sabido que se manter atualizado é importante para melhorar os resultados e evitar readmissões. Um hospital está ajudando pacientes com uma tática inovadora de tratamento que se baseia em telemedicina.
O Hospital Mercy, em St. Louis, queria ter certeza de que os pacientes evitassem viagens desnecessárias ao hospital por condições que poderiam ser tratadas em casa. Por isso, ele começou a usar a telemedicina e virou o primeiro hospital virtual dos Estados Unidos.
Para tornar a ideia realidade, o hospital criou o Mercy Virtual Care Center, uma instituição de 54 milhões de dólares inteiramente dedicada à avaliação remota de pacientes. No hospital virtual, os médicos fazem videoconferências com os pacientes e monitoram os sinais vitais através de sensores ligados a um iPad.
O centro de tratamento é conhecido como ‘’o hospital sem camas’’ e está aberto desde outubro de 2015. Segundo um artigo da CNN, é a primeira instituição do tipo no país.
Os pacientes que se sentem doentes o bastante para ir ao pronto-socorro devem ligar primeiro no serviço de hospital virtual do Mercy. Assim como na presencial, a instituição possui uma equipe por 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Atualmente, o hospital virtual está participando de um programa piloto para coordenar o tratamento de pacientes que possuem doenças crônicas e requerem diversas consultas de acompanhamento.
Semanalmente, os funcionários do hospital virtual fazem aos pacientes as mesmas perguntas que eles ouviriam em uma consulta presencial.
Se os pacientes reportarem qualquer desconforto, os funcionários podem avaliar visualmente seus sintomas através da videoconferência e rever seus sinais vitais para decidir se alguma intervenção médica é necessária. Algumas vezes, tudo o que é preciso é descanso ou uma mudança de medicação para fazer o paciente se sentir melhor, o que não precisa obrigatoriamente ser feito de forma presencial.
Enquanto a abordagem tecnológica é muito popular, os críticos dizem que pode ser difícil manter a continuidade do tratamento em um hospital virtual, já que os pacientes podem nem sempre falar com o mesmo funcionário a cada ligação.
De qualquer forma, o hospital virtual tenta fazer com que o paciente fale sempre com a mesma pessoa, assim como acontece em alguns prontos-socorros.
O aspecto tecnológico do hospital virtual pode não ser atraente para os pacientes mais velhos. Alguns deles não estão confortáveis usando tablets e podem ficar confusos ao fazer uma videoconferência.
Apesar dessa dificuldade, a equipe do hospital virtual trabalha com as habilidades tecnológicas dos pacientes, para que isso não afete negativamente o tratamento.
Por exemplo: para uma paciente de 99 anos, o hospital virtual modificou o programa para que ela não tenha que usar o tablete sozinha. A consulta acontece durante uma ligação comum por telefone e um membro da família mede os sinais vitais manualmente.
Indo de encontro com qualquer desvantagem, o hospital virtual já fez um impacto positivo no Hospital Mercy. Em pouco tempo aberto, as visitas ao pronto-socorro presencial caíram em 33%.
Mesmo que não seja ideal para todos os hospitais abrirem um hospital virtual, integrar alguma tecnologia de telemedicina pós-alta pode ser benéfico. As avaliações via telemedicina podem desencorajar algumas pessoas a fazer viagens desnecessárias ao hospital, economizando dinheiro e recursos que podem ser usados em outros lugares.
Para descobrir como a telemedicina e outras tecnologias podem ajudar na rotina dos profissionais de saúde, não deixe de pedir sua credencial e assistir ao CIO Forum, o principal encontro de TI em saúde da América Latina.
Serviço:
Hospital Innovation Show
Datas: 27 e 28 de setembro
Local: São Paulo Expo
Rodovia dos Imigrantes, s/n – Vila Água Funda