O governo pretende substituir 4 mil cubanos por brasileiros no programa Mais Médicos nos próximos três anos. Para isso, extinguiu a regra que impedia a vinda de formados em países com índice inferior a 1,8 médicos por mil habitantes somente no caso de brasileiros. A aposta é de que os graduados na Bolívia e no Paraguai — antes barrados pela restrição — ocupem as vagas dos profissionais enviados por Cuba.
A bolsa-formação paga a todos os profissionais do programa subirá de R$ 10.570 para R$ 11.520, um reajuste de 9% a partir de janeiro de 2017. É a primeira vez, desde o início do Mais Médicos, há três anos, que há aumento no valor repassado. Ao anunciar as medidas nesta terça-feira, o ministro da Saúde, Ricardo Barros assegurou que haverá correção anual da bolsa com base na inflação.
Sobre a nova regra que permite a brasileiros formados em qualquer país ingressar no Mais Médicos, o ministro disse ter dialogado previamente com entidades médicas, que sempre demonstraram preocupação com a vinda de profissionais graduados em locais como Bolívia e Paraguai, devido à qualidade insuficiente de muitos cursos. Isso porque o programa não exige que o médico passe pelo Revalida, exame de validação do diploma obtido no exterior.