São Paulo, 17 de agosto de 2016 – O mercado de equipamentos e produtos médico-hospitalares, que movimentou cerca de US$ 10 bilhões em 2015, diminuiu no primeiro semestre deste ano. O consumo aparente – que mede a produção interna mais importações e exclui exportações- recuou 16% de janeiro a junho deste ano em relação a igual período de 2015.
Segundo levantamentos da ABIMED – Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde, com exceção das vendas, que apresentaram resultado positivo de 1%, – o que pode ser explicado pela existência de algum estoque residual nas empresas – todos os outros parâmetros registraram tendência de queda.
“O setor foi impactado pela retração econômica, houve cortes na área da Saúde e a queda de arrecadação do Governo provocou uma redução em seus investimentos. O Governo responde por cerca de 50% das compras do setor”, analisa Carlos Goulart, presidente-executivo da ABIMED.
As empresas cortaram em 12% sua produção no primeiro semestre. As importações desaceleraram em cerca de 13%, totalizando U$ 2,3 bilhões, e as exportações recuaram 24%, fechando o semestre no patamar de U$ 350 milhões.
“A desvalorização do real teve impacto na queda das importações, afetando o setor, que é bastante depende de produtos vindos de fora. Por outro lado, o Brasil não aproveitou a oportunidade para aumentar as exportações e sua participação no mercado global de produtos para saúde, que é de apenas 0,2%”, explica Goulart.
Apesar da retração do consumo aparente e dos outros indicadores, o número de empregos se manteve praticamente estável e teve queda de 0,19% – bem abaixo do índice de 9,1% registrado no período pela indústria como um todo, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Sobre a ABIMED
A ABIMED congrega 200 empresas de tecnologia avançada na área de equipamentos, produtos e suprimentos médico-hospitalares. As empresas associadas da ABIMED respondem por 65% do faturamento do segmento médico-hospitalar. O setor de produtos para saúde tem participação de 0,6% no PIB brasileiro, conta com mais de 13 mil empresas e gera em torno de 140 mil empregos.
Criada em 1996, a ABIMED é sócia-fundadora do Instituto Coalizão Saúde e membro do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde. A entidade também coopera com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e com órgãos públicos da Saúde, fomentando a implementação de políticas e regulamentações que proporcionem à população acesso rápido a novas tecnologias e a inovações, em um ambiente ético de negócios.