Para 79% dos paulistanos, Haddad fez pela saúde menos que o esperado
Oito em cada dez paulistanos (79%) avaliam que o prefeito Fernando Haddad (PT) fez menos do que o esperado pela saúde em São Paulo, segundo pesquisa Datafolha.
20/07/2016


O levantamento mostra que apenas 11% dos entrevistados consideram que o petista fez o que deveria ser feito nesse tema –e outros 2%, mais do que se esperava. A saúde era uma das áreas eleitas como prioritárias por Haddad ao tomar posse. Agora, a menos de três meses das eleições, a gestão patina na entrega das promessas.

A opinião de usuários sobre a qualidade do atendimento em postos de saúde municipais ainda é mais positiva do que negativa –como já ocorria dois anos atrás. A expansão da rede, porém, está muito aquém do que Haddad anunciava –agravando a demora para atender a população.

De 43 novas UBSs (Unidades Básicas de Saúde, porta de entrada para iniciar um tratamento) prometidas até 2016, somente 10 (23%) foram entregues até agora, a menos de seis meses do fim do mandato, segundo dados do programa de metas da prefeitura.

EQUIPAMENTOS
O Datafolha fez 1.092 entrevistas nos dias 12 e 13 deste mês, e a margem de erro da pesquisa é de três pontos para cima ou para baixo.
O levantamento também mostra, conforme publicado nesta sexta (15), que só 14% dos moradores de São Paulo aprovam a gestão de Haddad, número mais baixo do mandato. Outros 48% dizem considerar ruim ou péssima a administração do prefeito, que vai tentar a reeleição.

Sobre a área da saúde municipal, a pesquisa aponta que as UBSs são os equipamentos mais usados pela população –56% dizem ter ido a uma das 451 unidades da capital nos últimos 12 meses.

Dentre eles, metade (ou 28% do total de entrevistados) considera haver um atendimento bom, 17%, regular, e 11% ruim ou péssimo. A avaliação é semelhante à de junho de 2014, quando 52% disseram ter ido às unidades nos 12 meses anteriores –26% acharam bom, 15%, regular, e 11%, ruim. Em meio a um surto de gripe ocorrido no início deste ano, faltaram pediatras em diversas UBSs em bairros da periferia de São Paulo.

Entre os 50% que utilizam as AMAs (Atendimento Médico Ambulatorial, que prestam serviço imediato e não agendado), metade (25%) avalia esse serviço como bom –16% acham regular e 8%, ruim ou péssimo. Os percentuais são semelhantes aos da pesquisa feita dois anos atrás.

Em relação aos hospitais, a pesquisa Datafolha aponta que a taxa de utilização chega a 41%, e os pacientes se mostram bastante divididos na avaliação –15% acham ótimo ou bom, 12% regular e 14% ruim ou péssimo.

Haddad também disse que concluiria três hospitais, mas só entregou um parcialmente, na Vila Santa Catarina (zona sul). Ele afirma que mais um ficará pronto neste ano, em Parelheiros (sul). O da Brasilândia (zona norte) está em obras, mas só deve ser concluído pelo próximo prefeito.

BANDEIRA
Uma das bandeiras de campanha de Haddad na saúde era a implantação da Rede Hora Certa (onde os pacientes podem passar por consulta, exame e cirurgia). A prefeitura diz que, até junho, 29 das 37 unidades prometidas já funcionavam. A pesquisa Datafolha indica, porém, que a utilização ainda é bem inferior à dos outros equipamentos de saúde, que dispõe de rede maior.

A Rede Hora Certa foi visitada por 17% dos paulistanos –dentre os que utilizam, 11% avaliam bem os serviços, 4% acham regular e 2%, ruim.
Fonte: Ana HP




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