Diante da obrigatoriedade de os planos de saúde passarem a cobrir três testes para o diagnóstico da zika, regra que entrou em vigor nesta quarta-feira, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), que representa as operadoras do país, manifestou preocupação com a oferta insuficiente de kits para exames, especialmente no interior do país. Os testes deverão ser garantidos a gestantes, bebês que sejam filhos de mães com diagnóstico de infecção pelo vírus e recém-nascidos com malformação.
Fontes ligadas ao setor dizem que o entrave para que seja oferecida a cobertura completa está no custo dos testes. Enquanto os planos de saúde querem pagar R$ 180 por cada um, os laboratórios cobram R$ 250.
A Abramge alega ainda que os exames existentes têm fatores limitadores, como precisão somente durante o pico da doença, que dura três dias. Já Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (AHERJ) e o sindicato que representa os laboratórios informaram que as redes hospitalar e laboratorial estão preparadas para os testes. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as negativas de cobertura serão monitoradas, e a multa será de R$ 80 mil. O telefone para denúncias é 0800-701-9656.