Obesidade está elevando desnutrição no mundo, indica pesquisa
17/06/2016
Excess fat and thin
 

A desnutrição é um problema endêmico no mundo, resultado tanto da fome quanto da obesidade, indica uma nova pesquisa.

Segundo o Relatório Global de Nutrição de 2016, 44% dos países enfrentam “níveis muito severos” de subnutrição e obesidade.

Isso significa que uma em cada três pessoas no mundo sofre de algum tipo de desnutrição, conclui o estudo, realizado em 129 países.

Estar desnutrido é a “nova norma”, de acordo com os autores do relatório.

Tradicionalmente, a desnutrição está associada às crianças que estão passando fome, apresentam problemas de crescimento e são mais suscetíveis à infecção.

Esse problemas persistem, mas alguns avanços foram verificados.

Os autores do relatório destacaram o “escalonamento do desafio global” representado pelo aumento da obesidade.

Segundo eles, a alta ocorre em todas as regiões do globo e praticamente em todos o países.

Centenas de milhões de pessoas estão desnutridas porque apresentam sobrepreso, além de ter muito açúcar, sal ou colesterol no sangue, indica o relatório.

‘Totalmente inaceitável’
Segundo a professora Corinna Hawkes, co-responsável pela pesquisa, o estudo “redefiniu o que mundo pensa sobre estar desnutrido”.

“A desnutrição significa literalmente uma nutrição ruim – ou seja, quem não come adequadamente”, diz.

“Observamos a face mais visível do problema em quem está muito magro, quem não está crescendo rápido o bastante…ou também quem está com sobrepeso ou tem um nível de açúcar alto no sangue, o que leva à diabetes”, acrescenta ela.

O relatório aponta que enquanto as metas para reduzir o crescimento atrofiado e o número de crianças abaixo do peso, muitos poucos países estão registrando avanços em enfrentar a obesidade e as doenças associadas às doenças do coração.

Segundo o levantamento, o número de crianças abaixo de cinco anos com sobrepeso está se aproximando do de crianças abaixo do peso.

“Vivemos em um mundo onde ser desnutrido é a nova norma”, diz Lawrence Haddad, outro responsável pela pesquisa.

“É totalmente inaceitável”, acrescenta.

O relatório pede mais financiamento e comprometimento político para enfrentar o problema.

Segundo a pesquisa, US$ 1 gasto em programas de incentivo à nutrição resulta em US$ 16 em benefícios para a população.

Fonte: Abramge




Obrigado por comentar!
Erro!
Contato
+55 11 5561-6553
Av. Rouxinol, 84, cj. 92
Indianópolis - São Paulo/SP