Durante um ano, mais de 12 mil pacientes em 106 Unidades de Terapia Intensiva (UTI´s) do País foram acompanhados através de um checklist com medidas padronizadas. O estudo Effect of a Quality Improvement Intervention With Daily Round Checklists, Goal Setting, and Clinician Prompting on Mortality of Critically Ill Patients: A Randomized Clinical Trial, liderado pelos hospitais Moinhos de Vento, HCOR, Samaritano e a rede de hospitais D’Or, teve como objetivo averiguar a eficácia de uma rotina diária (checklist) de acompanhamento da saúde dos pacientes hospitalizados e conferir se a sua utilização diminuiria a mortalidade em casos críticos, conforme apontado em pesquisas anteriores ao estudo. O estudo foi publicado no conceituado periódico The Journal of the American Medical Association (JAMA).
Segundo o Chefe do Serviço de Terapia Intensiva de adultos do Hospital Moinhos de Vento, médico Cassiano Teixeira, que participou da pesquisa, o levantamento apontou que mesmo com o acompanhamento padronizado em todas as instituições participantes não se observou o resultado esperado sobre diminuição de mortalidade, embora variáveis mais sensíveis pareçam ter sido positivamente alteradas. “Percebemos que com o uso do checklist a comunicação entre a equipe hospitalar melhorou e facilitou a padronização de rotinas, mesmo que a mortalidade não tenha diminuído nos pacientes críticos”, explica.
Cassiano ressalta que, mesmo assim, o procedimento de verificação deve ser mantido nas unidades intensivas. “O checklist melhora a qualidade do atendimento da equipe. As perguntas são gerais e relacionadas com temas como nutrição, parâmetros do ventilador mecânico, prevenção de trombose venosa e infecções. Esses são exemplos básicos do que deve ser acompanhado dentro das UTIs”, afirma.
Através da pesquisa, foi possível melhorar a padronização de processos assistenciais e protocolos, incluindo uma lista de verificação diária e o estabelecimento de metas durante os rounds multidisciplinares. A lista inclui o acompanhamento de 11 processos.
Saiba mais sobre este e outros estudos (em inglês) de Cassiano Teixeira em www.researchgate.net