O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, visitou, na manhã de hoje, a Feira Hospitalar com a missão de conversar com as Associações e Entidades do Setor.
Desde o início do mandato, o Ministro tem sentado para conversar com diferentes grupos profissionais, como recentemente fez com lideranças médicas, para, segundo ele “aprender mais sobre o funcionamento do setor”.
Entre declarações polêmicas, como o redimensionamento do tamanho e do montante investido para o Sistema Único de Saúde, Barros comenta algo que é urgente no setor: ele precisa ser informatizado. No referido encontro, segundo o portal Jornal da Globo, Barros atribuiu aos gestores a resistência na adoção de informatização do setor “eu não duvido que essa falta de informatização que nos temos hoje seja as vezes uma vontade do gestor porque, se ele informatizar, não vai conseguir desviar nada do sistema.”
Ao ser perguntado sobre as próximas ações, o Ministro disse que a palavra de ordem da sua gestão é eficiência “fazer mais com menos”.
Ele vai conversar com representantes da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (ABIMO), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP).
Quanto à declaração feita durante a semana sobre a diminuição do SUS, Ricardo Barros diz que esta é uma polêmica desnecessária e que foi mal entendido pela imprensa na sua declaração prévia. Ele reforça que o direito à saúde está assegurado na Constituição e será garantido durante a sua gestão.
“O financiamento da saúde é um direito constitucional, então precisamos manter e aumentá-lo. Para isso, precisamos de eficiência. Estou aqui para entender a dimensão do setor, ver os avanços tecnológicos e conhecer tecnologias que promovam a redução de custos no setor”
Na ocasião, Yussif Ali Mere Jr., presidente da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, entregou um documento ao Ministro solicitando a revisão de algumas portarias específicas de diferentes áreas da saúde.
Ao ser questionado sobre o tema, Yussif disse que “todas as revisões propostas não interferem na qualidade assistencial, mas garantem uma economia substancial na área”.
Esperamos que este seja o primeiro passo para a construção de um maior diálogo entre o setor público e o setor privado.