São Paulo lidera a perda de clientes dos planos
12/05/2016
De 1,3 milhão de contratos cancelados em março, 52% ocorreram no estado mais rico do País; número de beneficiários caiu em todas as faixas etárias, exceto entre aqueles com mais de 65 anos

O Estado de São Paulo liderou as perdas de beneficiários de planos de saúde no mês de março, com quase 700 mil saídas do sistema de saúde suplementar - ou 52% das perdas em todo o País, que chegaram a 1,33 milhão.

Os dados fazem parte de levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), a partir de atualização da base de informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

São Paulo conta com 17,99 milhões de beneficiários, ou 37% do total dos 48,81 milhões no País. "O aumento do desemprego nas áreas mais desenvolvidas, caso principalmente do Estado de São Paulo, torna inevitável o impacto na saúde suplementar", afirma o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, por meio de nota, acrescentando que o fator de maior preocupação "é a proporção e a velocidade da perda de beneficiários".

Um dos destaques do levantamento é a análise da faixa etária dos beneficiários que deixaram de ter plano de saúde, com maior perda entre a população de 0 a 24 anos, composta sobretudo por dependentes. A queda nessa faixa foi de 736 mil vínculos.

Na faixa de 25 a 29 anos, o recuo de 319 mil vínculos, pode estar associado à perda de emprego nessa camada, segundo a entidade - no período, foram cortadas 361.134 vagas formais, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Por outro lado, o perfil com mais de 65 anos apresentou alta, com 104.827 novos vínculos na comparação interanual, totalizando 4,2 milhões de pessoas com planos de saúde.

Operadoras

Ainda de acordo com dados da ANS, a taxa de crescimento da receita de contraprestações dos planos sofreu queda de 2,3 pontos percentuais na comparação entre os meses de dezembro de 2014 e dezembro de 2015; por outro lado, a despesa assistencial (composta por gastos com consultas, exames, internações, terapias e outros) também encolheu - 3,6 pontos percentuais, de acordo com análise da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa operadoras de planos e seguros de assistência à saúde.

Em dezembro de 2014, o setor registrara um aumento de 2,1% na base de beneficiários de planos de saúde, enquanto, no mesmo período de 2015, ocorreu contração de 1,9%.

Embora essas duas rubricas tenham sofrido redução de expansão em 2015, a receita dos planos no País cresceu ligeiramente acima da despesa assistencial, alcançando um resultado mais equilibrado, diferentemente do que vinha ocorrendo nos anos anteriores. Na comparação com 2014, a receita de contraprestações aumentou 13,7%. Já a despesa assistencial subiu 13,4% no período. Esse cenário pode resultar de um ajustamento dos preços à realidade econômica ou na gestão dos riscos assistenciais, como renegociações com prestadores de serviços.

Apesar disso, persiste a preocupação do setor com fatores como a escalada sempre acentuada de custos, os elevados desperdícios no atendimento e a crescente judicialização, entre outros aspectos que impulsionam a inflação médica, prejudicando o equilíbrio financeiro do sistema.

Em dezembro passado, a despesa assistencial do setor fechou em R$ 121,5 bilhões, enquanto os gastos totais dos planos somaram R$ 147,5 bilhões. Em números absolutos, a despesa assistencial do mercado de planos de saúde alcançou R$ 121,5 bilhões, em 2015. Já a receita de contraprestações chegou ao montante de R$ 148,3 bilhões - despesas que impulsionam a sinistralidade dos planos de saúde para 81,9%.

Fonte: DCI - 10.05.2016
Fonte: Ana HP




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