Em recente evento em São Paulo (vídeo abaixo), Vandad Yousefi apresentou, pela primeira vez no Brasil, o modelo hospitalista no Canadá.
Justificou inicialmente pela redução relativa de leitos hospitalares ao longo dos últimos anos, além da elevada taxa de ocupação tão comum nos hospitais por lá. “Precisamos de giro com qualidade para sobreviver”, disse o pioneiro canadense.
Outras forças que impulsionaram hospitalistas no Canadá, segundo Yousefi, foram:
– Pacientes progressivamente mais complexos;
– Hospitais progressivamente maiores e mais complexos;
– Superlotação das Emergências;
– Maior carga de trabalho, tanto no setor ambulatorial quanto hospitalar, tornando intuitiva a organização separada dos setores;
– Carência de médicos, principalmente na atenção primária;
– Subespecialização;
– Modelos de remuneração insuficientes ou frágeis;
– Grande número de pacientes “órfãos” de médicos vagando pelo sistema.
Neste cenário, o primeiro programa de MH iniciou em Calgary, Alberta, no ano de 1998. De lá para cá, programas e hospitalistas vêm crescendo progressivamente em número e complexidade. Se lá atrás os médicos basicamente cuidavam de pacientes, atualmente estão profundamente engajados em iniciativas de qualidade, segurança e geração de valor para o sistema.
Os principais resultados de hospitalistas canadenses ao longo destes anos foram:
– Redução de tempo de permanência;
– Aumento de capacidade virtual;
– Diminuição de readmissões;
– Melhor satisfação do staff no hospital;
– Engajamento e liderança em projetos de melhoria.