Fonte: O Estado de S. Paulo – 03/05/2016
Três de maio é o Dia Mundial de Combate à Asma; saiba como controlar e evitar as crises
Mais conhecida como bronquite asmática ou bronquite alérgica, a asma é uma doença inflamatória crônica, que pode causar o estreitamento dos bronquíolos, provocando bronco espasmo e a obstrução do fluxo de ar. Em casos mais graves, pode haver o impedimento da passagem do ar pelo sistema respiratório.
Neste Dia Mundial de Combate à Asma, 3 de maio, Roberto Rincon, pneumologista do Hospital Sepaco, faz um alerta à população sobre a importância de ter um acompanhamento médico para que a asma não se torne algo muito mais sério, uma vez que pode levar à morte.
“Esta doença, normalmente, é genética e pode aparecer em qualquer fase da vida. A boa noticia é que, com tratamento adequado, as crises podem ser amenizadas e os sintomas controlados durante todo o ano”, destaca o especialista.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 300 milhões de pessoas no mundo sofram com a asma, que já é a quarta maior causa de internação no Brasil e a terceira causa entre crianças e adultos jovens. Dados do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, já são 6,4 milhões de indivíduos acima de 18 anos com a doença.
Normalmente, em dias frios e secos, onde o acúmulo de poeira e poluição são intensos, os pacientes acabam sofrendo mais com as crises, principalmente as crianças e os idosos que são mais sensíveis a estes ‘agentes externos’, os chamados alérgenos.
Quando a mucosa respiratória é agredida por agentes externos, ela envia um sinal de alerta para a medula óssea, que por sua vez produz células especiais de defesa. Este sinal é recebido como um ‘alerta de ataque’ ao aparelho respiratório e, literalmente, ‘contra ataca’ ao mandar células especiais que provocarão um processo inflamatório nas vias aéreas (brônquios) para expulsar estes ‘invasores’. Quem possui a doença descreve como um ‘sufocamento’, com muita tosse, falta de ar, cansaço, sensação de aperto e chiados no peito.
Rincon ressalta que a doença não tem cura, mas pode ser controlada e as crises evitadas e diminuídas. “Desta forma, é necessário estar atento, inclusive a outros alérgenos tais como: cigarros, ácaros, mofos, poeiras, pelos de animais, produtos com cheiros fortes como perfumes, incensos, tintas e vernizes”, finaliza o médico.
O pneumologista ainda destaca que é importante que toda a família deve ter a consciência das causas que agravam as crises de asma para, assim, criarem hábitos saudáveis, contribuindo para que as pessoas asmáticas não sofram tanto e possam ter melhor qualidade de vida.