A mudança do perfil demográfico do País começa a bater rapidamente à porta das operadoras de Saúde Suplementar. Nos últimos anos, a proporção de segurados com 60 anos ou mais aumentou nas carteiras das operadoras, ao passo que houve redução dos beneficiários mais jovens. É o que demonstra levantamento realizado pela FenaSaúde, repercutido na coluna Mercado Aberto, da Folha de São Paulo, com avaliação da presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiro Mendes, sobre os impactos em termos de custos para as operadoras.

Confira a nota:

O setor de saúde suplementar está alerta a uma mudança no perfil demográfico dos beneficiários de planos.

Nos últimos anos, aumentou a proporção de clientes com 60 anos ou mais, e a quantidade de beneficiários mais jovens diminuiu.

Há 15 anos, para cada beneficiário com mais de 60, existiam três entre 0 e 19. Em 2015, a relação diminuiu para dois jovens a cada idoso, segundo análise da FenaSaúde, a federação do setor.

"Os valores certamente nos preocupam. O idoso tem um custo dez vezes o da primeira faixa, que é a que vai de 0 a 18 de anos", diz Solange Beatriz Mendes, presidente da entidade.

A crise econômica agrava essa tendência, diz ela.

Os clientes mais jovens são mais afetados pelo desemprego, que aumentou no passado recente.

No último ano, houve perda de 766 mil vidas, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)

"Os idosos, no entanto, estão mais expostos e fazem tudo para não perder o plano.

Fonte: Folha de São Paulo - Coluna Mercado Aberto