O Complexo Hospitalar de Niterói, antes chamado de Hospital das Clínicas de Niterói, passou por um reposicionamento, onde deixa de ser um hospital geral e passa a operar clínicas ou hospitais especializados dentro de um complexo. Tal reposicionamento permite o foco em expansão e a garantia da qualidade em diferentes áreas clínicas.”Entendemos que não éramos mais um hospital só e sim um complexo hospitalar em que há vários hospitais em um só: um de transplante, um de materno-infantil, um de pediatria, um cardiovascular.” No total, em todas as fases do projeto de expansão, serão mais de 100 milhões de reais de investimento.
“O hospital foi, cada vez mais, se especializando em algumas coisas que estavam carentes na cidade. É um hospital que completa 25 anos e, nisso, viemos com um projeto de expansão em 2014, inauguramos a Unidade 3, com mais 178 leitos. Hoje, temos 257 leitos em 17 mil m² construídos, uma maternidade com espaço dedicado e RFID para rastreamento dos bebês, leitos para queimados e uma grande variedade de serviços.”, disse a Dra. Ilza Fellows, diretora geral do hospital.
A expansão da unidade de maternidade teve um investimento de 35,5 milhões de reais. Já os próximos projetos envolvem a construção da Unidade 4, já em andamento, com investimento, em obra, na ordem de 100 milhões de reais. Um dos indicadores para a tomada de decisão foi a taxa de ocupação atual dos leitos, de 90%. “O ideal é trabalhar na faixa dos 84, 85%. Ter 90% significa que, em alguns momentos, você tem uma taxa de 100% de ocupação.”, disse Ilza.
Além disso, a última fase do projeto contempla a reforma de algumas áreas, como a entrada principal do hospital, com um investimento de mais de 26 milhões de reais previsto para o ano de 2018.
Dra. Ilza, contou que, para ser um serviço de excelência, é preciso considerar a diferença em cada uma das áreas-foco. “O perfil do paciente, o perfil do profissional e os recursos hospitalares são diferentes. Se você não olhar estes pontos separados, você vira um hospital geral – e acaba não sendo bom em nada.” E, ainda em busca da qualidade assistencial, o complexo recebeu nível 3 da ONA e está em processo de avaliação para a Acreditação Canadense Internacional.
Um procedimento no qual a instituição se destaca e é considerada referência no estado do Rio de Janeiro é o Transplante de Medula Óssea, em que, entre 54 transplantes alogênicos feitos no estado, 24 foram feitos na instituição em um período de um ano. Já entre os autólogos, de 106 feitos no RJ, 73 foram realizados pelo complexo.
Para o segundo semestre, o plano é ter tanto o transplante alogênico aparentado como o não-aparentado. “A expectativa é de que, a médio prazo, o número de não-aparentados supere o número de transplantes aparentados.”, disse Paulo César Dias, diretor médico do CHN.
Para a Diretora, o hospital ainda não sentiu a crise financeira – e torce para não ser atingido. Segundo ela, por ser referência em algumas áreas, como o transplante, a demanda continua alta. Uma preocupação importante, no entanto, para o atendimento no Rio de Janeiro é oatual estado da Unimed Rio. Proporcionalmente, ela tem mais expressividade que a Unimed Paulistana, ou seja, o impacto gerado no caso de uma interrupção do atendimento poderia ser mais significativo que o que vimos em São Paulo.