Mesmo com a retração na economia em diversos países, no Brasil, os gastos assistenciais per capita estão crescendo. O 30º Boletim conjuntura de Saúde suplementar, desenvolvido pelo IESS, Instituto de Estudos de saúde suplementar ilustra com os números do crescimento como o mercado brasileiro está divergindo dos demais.
O que se observa, na maioria dos países é uma redução na taxa do crescimento econômico em que a taxa de gastos com a saúde também se reduz proporcionalmente. Diferente do Brasil em que os números da saúde crescem quase que independente do estreitamento econômico dos outros setores.
A sustentabilidade da Saúde Suplementar está relacionada ao entendimento das causas dessa divergência, frente ao padrão de correlação positiva entre renda e gasto com saúde observada nos demais países.
Entre os motivos pelo descolamento do crescimento das despesas assistenciais e o alto crescimento dos custos médicos apontados pelo estudo, o modelo de pagamento predominante no país: o Fee-for-service que consiste no embolso pela unidade sem verificar a eficiência ou a qualidade dos serviços da assistência hospitalar.
Outra razão seria a alta inflação médica líquida, uma das mais altas: 12,6% da economia. A variação dos custos médicos hospitalares das operadoras de plano de saúde foi de 17,1% em Junho de 2015, 8,2 pontos percentuais acima da inflação medida pelo IPCA.
O desperdício, o envelhecimento populacional e a incorporação de novas tecnologias também podem ser vetores de um crescimento nos gastos médicos.
Nível de atividade
Inflação