A inovação tecnológica tem sido condição essencial nos sistemas de saúde, garantindo mais precisão e otimização de processos, que em médio e longo prazo geram mais economia para os gestores e os usuários de seus produtos e serviços. Mas para que ela feche a conta de seus investimentos, precisa ser estrategicamente aplicada, partindo de uma visão holística e da operacionalização racional que atenda de forma eficiente sua demanda.
De ponta a ponta do sistema, do back office à linha de frente do atendimento é preciso mapear todos os públicos envolvidos em seu manuseio e benefício. Da gestão de medicamentos de uma cidade, ao fluxo de prescrições de uma unidade hospitalar, tudo precisa ser contabilizado, rastreado, processado, reportado. Caso contrário, será dinheiro e energia jogados fora.
Equipamentos caros, mas com pouco ou nenhum uso não se pagam, e muito rapidamente ficam obsoletos. É preciso fazê-los girar, com critérios e estudo de necessidades, para também não aumentarem os custos do sistema como um todo. Caso contrário, perde um, perde dois e logo perdem todos, pela inviabilidade de acesso.
É preciso lembrar também que quando falamos em investimento em inovação tecnológica, não estamos falando apenas de máquinas e softwares, mas de pessoas habilitadas para a sua condução. E esta qualificação passa por ensino e atualização constante de equipe, na velocidade da atualização dos recursos, que é cada vez mais dinâmica.
Desta forma, consideremos que não temos como fugir destes investimentos se quisermos sobreviver no mercado, mas se quiser prosperar, é preciso focar em uma excelente gestão destes recursos, de forma inteligente, séria e responsável.
Mayuli Fonseca, diretora de novos negócios da UniHealth Logística Hospitalar