Remédios mais baratos
03/03/2016
Por Gian Kojikovski
Entre 1990 e 2004, o aumento das despesas anuais com medicamentos nos países ricos foi superior a 4%, ficando acima de 7% em 1999. Com os remédios cada vez mais caros, os gastos com saúde também seguiram a mesma tendência de alta no período. Em 2005, o ritmo dos aumentos começou a retroceder e, desde a crise de 2008, despencou – chegando a registrar deflação nos últimos anos. Na Europa, atualmente, o lugar onde menos se gasta com medicamentos é a Dinamarca. Há duas explicações para essa queda nos países ricos – uma estrutural e outra cíclica. Diante da urgência em cortar custos, vários países mudaram a política de compra de remédios. No Canadá, as províncias se juntaram para aumentar o poder de barganha nas negociações com os fabricantes. Grécia, Portugal, Espanha e Suíça melhoraram os processos de avaliação das propostas dos grandes laboratórios, levando em conta os valores cobrados em outros países. Em alguns casos, também se facilitou a importação de medicamentos. Essas mudanças na gestão pública parecem ter vindo para ficar. O outro fator que ajudou a reduzir o ritmo do aumento dos preços foi o fim de patentes de muitos medicamentos usados no tratamento de colesterol alto e de doenças como diabetes. Nesse ponto, porém, a OCDE prevê uma reviravolta. Como os laboratórios estão preparando o lançamento de novas drogas destinadas a combater doenças como o câncer, em breve a pressão voltará a ser de elevação dos gastos com medicamentos.




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