A cada trimestre a ANS atualiza os dados do setor de Saúde Suplementar. As informações relativas à base de dados de setembro de 2015 estão disponíveis para consulta.
Em resumo, os números são:
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Situação econômico-financeira
No terceiro trimestre de 2015, o setor contabilizou R$ 106 bilhões em receitas de contraprestações, entre operadoras de planos médico-hospitalares e odontológicos.
Atendimento
Em 2015, até setembro, a ANS recebeu 269,3 mil demandas dos consumidores, sendo 196.931 solicitações de informação e 72.416 registros de reclamação em relação às operadoras. Mais de 73% das reclamações recepcionadas referiram-se a aspectos de cobertura dos procedimentos contratados.
Já o índice de resolutividade das demandas de natureza assistencial no período analisado atingiu 85,6%, mantendo a tendência de crescimento constatada nos últimos anos e ficando acima de 80%. O índice de resolutividade mede o percentual de reclamações resolvidas por meio da mediação de conflitos, sem a necessidade de instauração de processo administrativo sancionador.
OUTROS DESTAQUES
Sinistralidade:
Observa-se que a taxa de sinistralidade das operadoras exclusivamente odontológicas é aproximadamente a metade do observado entre as médico-hospitalares. Entre as operadoras médicohospitalares, são as autogestões que apresentam a maior taxa de sinistralidade, o que se deve em grande medida às características de sua população, pois são populações fechadas, com maiores entraves à renovação da carteira de beneficiários. No ano de 2015, as operadoras nas modalidades de filantropia e medicina de grupo apresentaram pequenas reduções na taxa de sinistralidade, enquanto as demais modalidades mostraram uma tendência de alta da taxa (gráficos 13 e 14).
Demandas por consumidores:
O gráfico 17 apresenta o número de demandas recepcionadas pela ANS no período compreendido entre janeiro e setembro de 2010 e janeiro e setembro de 2015, por tipo de atendimento – se informação ou reclamação. No ano de 2015, o número de reclamações cresceu 9,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Parte significativa deste aumento está relacionada à decretação, pela ANS, no início de setembro, da alienação compulsória da carteira de beneficiários da operadora Unimed Paulistana. Neste sentido, observa-se que os beneficiários dessa operadora foram responsáveis por quase 30% do total de reclamações recebido pela ANS naquele mês.
O mesmo fenômeno se deu entre as solicitações de informação, observando-se um aumento de 12,6% neste ano, de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2014. Os beneficiários da Unimed Paulistana foram responsáveis por 39% destas solicitações em setembro de 2015.