Como os fundos de private equity agregam valor à Saúde?
20/01/2016

A partir da permissão da entrada de capital estrangeiro na Saúde, desde o início do ano passado, tanto as instituições brasileiras do setor quanto os potenciais investidores ainda estão compreendendo as oportunidades e desafios que decorrem dessa nova legislação. Em evento sobre “Fusões e Aquisições”*, o escritório de advocacia TozziniFreire e a consultoria PwC elencaram os potenciais valores que os fundos de private equity podem agregar aos hospitais.

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Antes de saber as potencialidades de uma negociação com um fundo, é preciso ter clareza sobre o que são esses fundos. Na definição apresentada pelor organizadores do evento, os fundos são:

  • organizados por gestores profissionais, mediante a captação de recursos de investidores qualificados, que têm como propósito a aquisição de participações em empresas (via de regra de capital fechado) de setores variados, com bom potencial de crescimento e perspectivas de trazer retorno aos investidores do fundo após o decurso de um determinado lapso temporal. No Brasil é muito comum esses fundos serem estruturados como fundos de investimento em participações – FIPs, que são regulados pela Instrução CVM nº 391/03.
  • Os gestores e os investidores desses fundos unem esforços para de agregar valor às empresas, participando da gestão delas. Alguns exemplos de gestores são: Pátria Investimentos, DLM Invista, Gávea Investimentos, GP Investmentos, Axxon Group, Performa Investimentos, The Carlyle Group, Advent International, Blackstone e KKR
  • Exemplos de investidores dos fundos levantados por gestores profissionais: entidades de fomento, fundos de pensão, family offices etc. Aqui no Brasil, dentre as entidades mais ativas nesse setor estão BNDES, Funcef e a Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP.

Como são estruturados? 

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Apesar da falta de maturidade em gestão do mercado de Saúde brasileiro, investidores relevantes têm apostado no País. O Carlyle Group, por exemplo, investiu US$ 593 milhões na compra de uma fatia da Rede D´Or São Luiz em abril do ano passado e, mais tarde, adquiriu a operadora de planos de saúde Tempo Participações. Em maio, o GIC Pte, fundo soberado de Cingapura, pagou US$ 508 milhões por parte da capital da Rede D´Or.

O ramo dos laboratórios é outro nicho bastante assediado pelos investidores, até por ter as margens de lucro mais altas da Saúde e por ter a maior atividade de fusões e aquisições. Cerca de 13% do capital do Fleury foi comprado no ano passado pelo fundo Advent Internacional. Para se ter uma ideia, a Advent detém participação em quase 30 empresas de serviços de saúde, farmacêuticos e equipamentos médicos, em várias partes do mundo. Já o Dasa, por exemplo, tem o Pedro Bueno, filho do Edson Bueno, como seu maior acionista (mais de 70%); cerca de 30% do Hermes Pardini (MG) pertence ao fundo Gávea, que sondou comprar o Fleury; e o Alliar pertence ao fundo Pátria.

São muitos os exemplos de fundos em empresas de Saúde e o que eles prometem agregar são:

?Melhorias na gestão e controles internos
?Adoção de boas práticas de governança corporativa
?Estratégias com foco em longo prazo
?Networking
?Suporte estratégico
?Acesso a crédito
?Crescimento por consolidação

*Evento “Fusões e Aquisições no Setor de Saúde”, organizado por TozziniFreire e PwC, com apoio institucional da Feira Hospitalar, foi realizado no dia 01 de Dezembro de 2015.





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