Maiores hospitais particulares do país registram queda na receita
08/01/2016
 

Pela primeira vez em uma década a receita líquida dos 22 maiores hospitais particulares do Brasil cai, registrando uma queda de 1,8% no ano passado, para R$ 8,3 bilhões, segundo levantamento da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp). Um fator contribuinte para essa diminuição da receita foi o aumento de 8,3% nas despesas. Este desempenho ruim no setor hospitalar deve-se ao fato de que 450 mil pessoas perderam seus planos de saúde ao serem demitidos em 2015.

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As perspectivas para 2016 também não são as melhores por conta do provável aumento do desemprego, da alta do dólar, que eleva os custos dos hospitais que, por sua vez, importam 30% dos medicamentos, materiais e equipamentos. E também são previstas negociações mais acirradas com as operadoras e seguradoras de saúde.

Ainda de acordo com o levantamento da Anahp, o número de atendimentos em pronto-­socorro caiu 7,2% no ano passado. “É a primeira vez, desde 2004, que há queda no volume de atendimentos em pronto­-socorro”, disse Francisco Balestrin,presidente da Anahp, em release ao mercado. Chama atenção o fato de que esses dados referem-­se a hospitais de ponta como Albert Einstein, Sírio­Libanês, Samaritano e Rede D’Or, que têm uma estrutura mais profissionalizada. Ou seja, o impacto pode ter sido ainda muito maior em hospitais menores.

O desempenho observado pelo do setor em 2015 contrasta com o cenário de anos anteriores, quando a demanda era forte por conta da entrada da classe C no mercado formal de trabalho. Muitas dessas pessoas nunca tinham tido convênio médico e com isso passaram a usar muito o benefício, o que provocou uma lotação nos hospitais privados, que chegaram a ser comparados com os hospitais da rede pública. Em 2010, os hospitais anunciaram investimentos de mais de R$ 2,5 bilhões para abertura de cerca de 4,3 mil novos leitos até 2016 e atuação em especialidades médicas de alta complexidade.

Ainda assim, essa quantidade de novos leitos era considerada insuficiente para atender a demanda. Um estudo feito pela própria Anahp, em 2013, mostrava que se o número de usuários com convênio médico crescesse 2,1% ao ano, os hospitais precisariam ter até 2016 mais 13,7 mil novos leitos com investimento de R$ 4,3 bilhões. Essas projeções foram baseadas no histórico do setor de planos de saúde que, no período de 2010 a 2013, registrou crescimento entre 2,5% e 3,7% por ano.

A Anahp estima que, neste ano, seus 80 hospitais associados tenham uma receita bruta de R$ 22 bilhões, uma alta de 2,2%. Mas não se trata de um crescimento orgânico, uma vez que em 2015 havia 77 hospitais associados, ou seja, três a menos.

*Com informações da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) em 05/01/2016.

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Combinando disponibilidade e segurança nos dados de paciente

 

O alto nível de disponibilidade é um atributo especialmente importante para sistemas voltados à área da saúde, que é extremante critica e necessita manter suas operações funcionando mesmo em situações adversas. Por isso, disponibilidade e segurança são pilares fundamentais para a sua operação. Um incidente de desvio ou má uso da informação em uma instituição de saúde pode comprometer a efetividade do atendimento médico e por em risco a vida de um paciente.

É certo que, embora os dados pertençam ao paciente; hospitais, clínicas, laboratórios e as demais instituições de saúde são responsáveis pela custódia deles. Além disso, devem também manter uma estrutura física e tecnológica capaz de analisar e tratar os riscos.

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Assista o vídeo 

Com a crescente inserção de tecnologia no meio é preciso, sobretudo, que os processos antes manuais tenham, em sua versão automatizada, a garantia de que essa migração não traga prejuízos à integridade, confidencialidade e disponibilidade dos serviços e informações. Para isso, padrões nacionais e internacionais estão sendo desenvolvidos e aos poucos ganham o mercado, regulamentando a prática de segurança da informação na área de saúde.

No Brasil, órgãos reguladores já incluem requisitos de segurança da informação em normas e padrões obrigatórios. É o caso da resolução CFM nº 1639/2002, que dispõe sobre o período de retenção dos prontuários, estabelece critérios para certificação dos sistemas de informação e ressalta a importância da integridade dos dados. Já as resoluções nº 153, de 28 de maio de 2007 e a nº 221, de junho de 2010 da ANS, definem requisitos obrigatórios para a troca de informações em saúde.

Na medida em que instituições de saúde tornam-se cada vez mais dependentes de sistemas de informação atuando como suporte na entrega dos serviços de saúde, é preciso prezar pela governança da informação. Torna-se cada vez mais evidente que eventos nos quais exista perda de integridade, disponibilidade e confidencialidade podem causar um impacto clinico significativo na atenção ao paciente.





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