Quando se trata de eventos de tecnologia, a CES (Consumer Electronics Show) é considerada a feira mais importante do mundo, onde grandes marcas aproveitam para lançar novas tecnologias e produtos para os próximos anos. Neste ano, a feira ocorrerá entre os dias 6 e 9 de janeiro, sendo tradicionalmente na cidade de Las Vegas.
Para acompanhar as tendências em tecnologias para o mercado de saúde, o evento contará com um setor destinado apenas a Saúde, e um Digital Health Summit, para discutir as próximas inovações do segmento.
Neste ano, o Summit terá enfoque em genômica, diagnósticos e wearables, porém quando se fala em diagnósticos e dispositivos vestíveis, 2016 mostrará ao setor as transformações que o BigData poderão trazer a Saúde através de análises preditivas, e em conjunto com os Wearables, trarão uma nova geração de tecnologias, que mais do que colher dados, irão fornecer análises personalizadas para cada indivíduo, melhorando a experiência de saúde das pessoas.
Segundo dados do International Data Corp., mais de 110 milhões de wearables serão vendidos em 2016, um aumento de mais de 40% em relação ao ano passado.
As próximas gerações de wearables abordarão diversas deficiências e preocupações dos usuários que os wearables atuais possuem. Dessa forma, embora esteja previsto que as principais categorias de wearables para 2016 ainda serão smartwatches (como o Apple Watch) e fitness trackers (como a Fitbit), ainda assim teremos no mercado uma diversidade maior de dispositivos, desde roupas inteligentes, até óculos e fones de ouvido.
Um dos momentos mais aguardados do evento é a coletiva de imprensa com James Park, CEO da Fitbit. A expectativa é que James revele os mais novos dispositivos da empresa. A Fitbit é líder mundial em Fitness trackers, com 24% de market share.
A tendência é que dispositivos como os da Fitbit e Jawbone passem de meros contadores de passos e horas de sono e se tornem, associados a novos Apps, ferramentas que fornecem análises completas de atividades físicas e saúde para as pessoas. Além disso, como já apontado por James, em breve é possível que wearables, como os da Fitbit, permitam que Apps de terceiros possam se conectar a esses dispositivos, o que também estimulará o surgimento de novos Apps para atender as necessidades dos consumidores.
Outro ponto que poderá ser visto na CES 2016 é o surgimento de dispositivos focados em necessidades específicas de saúde, como obesidade, distúrbio do sono, diabetes e problemas cardiovasculares, dessa forma, tais dispositivos poderão atender nichos pouco explorados por grandes empresas do setor.
Bons exemplos desse tipo de wearables voltados a mercados mais específicos são o SpeechAid (imagem acima), da Aural Analytics e o Atmotube, da NotAnotherOne. O primeiro é voltado a ajudar fonoaudiólogos a fornecer orientações a pacientes quando a fala diverge dos padrões normais, sendo que atualmente estão concentrados em atender pessoas que tenham sido diagnosticadas com Parkinson e que tenham dificuldade em controlar o ritmo e o volume de sua fala. Já o segundo wearable é destinado a pessoas que tenham asma ou outras doenças respiratórias, e tem o objetivo de minimizar a exposição a condições de ar prejudiciais. O dispositivo pode ser preso a um cinto ou colocado dentro de uma bolsa, e fornece informações em tempo real sobre a qualidade do ar por meio de um aplicativo para smartphone.
Em resumo, a tendência é encontrarmos dispositivos vestíveis cada vez mais inteligentes e integrados com Apps, de modo a fornecer informações cada vez mais personalizadas e relevantes as pessoas. Além disso, teremos no mercado uma diversidade maior de dispositivos, em diferentes formatos e com propostas para atender nichos de clientes cada vez mais específicos e que até então eram deixados de lado pelas grandes empresas de wearables.