A expectativa de vida do brasileiro, de ambos os sexos ao nascer, passou de 74,9 anos em 2013 para 75,2 anos em 2014, segundo a Tábua Completa de Mortalidade publicada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Diário Oficial da União.
Nos últimos anos, a tendência de crescimento da taxa tem se mantido, mesmo que de forma reduzida. Em 2012, a expectativa de vida do brasileiro era de 74,6 anos; em 2011, de 74,1 anos.
As Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil são usadas pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. O aumento da esperança de vida afeta o bolso dos brasileiros. Quando a expectativa de vida aumenta, maior é o desconto do fator previdenciário nas aposentadorias, ou seja, menor é o valor do benefício.
As mulheres vivem em média 7,2 anos a mais que os homens, com uma expectativa de 78,8 anos, contra 71,6 anos para eles.
Em 2014, no entanto, a estimativa masculina aumentou mais, com um acréscimo de três meses e 25 dias, contra três meses e 11 dias para as mulheres.
Regiões Com grande vantagem sobre a segunda colocada, Santa Catarina foi a unidade da Federação com a maior expectativa de vida, de 78,4 anos. Os homens catarinenses passaram a ter expectativa de vida de 75,1 anos, e as mulheres, 81,8 anos. O Distrito Federal, com 77,6 anos, e o Espírito Santo, com 77,5, ficaram em segundo e terceiro lugar.
Os três estados da Região Sul, os quatro estados do Sudeste e o Distrito Federal ocupam as oito primeiras posições – todos com expectativa de vida superior à média nacional (75,2 anos). Depois deles, o Rio Grande do Norte apresenta a maior taxa, que coincide com a média do Brasil.
A menor expectativa de vida ao nascer é a dos maranhenses (70 anos). O Piauí tem a segunda menor, com 70,7 anos. Alagoas, aparece em seguida, com 70,8 anos.
Jovens O desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos atingiu seu maior nível na série histórica da Pnad trimestral, calculada pelo IBGE desde 2012. Nessa faixa etária, já são 19,7% os que não conseguem emprego. Quando se considera o número total de desocupados no país, os jovens representam 33,1%.
A taxa de desocupação de 18 a 24 anos vem crescendo rapidamente desde o quarto trimestre (outubro a dezembro) de 2014, quando estava em 14,1%. A alta está diretamente ligada a piora da economia brasileira, que vem se deteriorando e acertando em cheio o mercado de trabalho.
Na comparação com a taxa de desocupação da população total do país, que foi de 8,9% no 3º trimestre de 2015, a situação é ainda mais preocupante, já que o desemprego entre os jovens é mais do que o dobro da média nacional.