BTG venderá fatia na Rede D’Or por R$ 2,5 bi
30/11/2015
No mesmo dia em que a Justiça determinou a prisão preventiva de André Esteves, fundador e sócio majoritário do BTG Pactual, o grupo teria concordado em vender sua participação de 12% na Rede D’Or São Luiz, a maior de hospitais do Brasil, por quase R$ 2,5 bilhões, para um de seus sócios no negócio, o fundo soberano de Cingapura GIC, disse uma fonte com conhecimento direto do assunto. 

O anúncio deve ocorrer nesta segunda-feira, disse a fonte à Reuters, que preferiu manter o anonimato. O GIC já tem 16% na rede de hospitais. O grupo BTG Pactual negocia vender sua participação na cadeia de hospitais Rede D’Or com o objetivo de aumentar seu caixa após a prisão do diretor executivo Esteves, no dia 25. 

Na sexta-feira começaram os rumores de que o banco de investimentos tinha oferecido sua participação de 12% na empresa para os outros acionistas, o grupo americano Carlyle, o fundo soberano de Cingapura GIC e Jorge Moll, fundador da Rede D’Or. Segundo uma das fontes, o BTG também estaria tentando se desfazer de participações em outras empresas. 

Preocupações sobre a liquidez do BTG Pactual após a prisão de Esteves levaram as agências Moody’s e Fitch Ratings a revisar a classificação de risco do banco para um possível rebaixamento da nota. 

Executivos do BTG e do Carlyle não quiseram comentar a informação, e o GIC não respondeu aos pedidos de comentários. Uma porta-voz da Rede D’Or afirmou em e-mail que a família Moll não negocia a compra da fatia do BTG. 

O BTG parou de fazer empréstimos e está tomando outras medidas para preservar a liquidez do banco, disse ao jornal inglês “Financial Times”, na sexta-feira, Persio Arida, nomeado diretor executivo interino após a prisão de Esteves. 

O BTG adquiriu participação de 25,6% da Rede D’Or em 2010 por aproximadamente R$ 600 milhões. Em maio, o BTG Pactual vendeu metade de sua fatia ao GIC por R$ 1,6 bilhão. Em agosto, o banco negociava a venda de uma pequena parte de sua participação remanescente na rede de hospitais ao Carlyle. (O Globo)
 




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