O grupo NotreDame Intermédica (GNDI), dono de hospitais e planos de saúde que faturaram R$ 2,5 bilhões em 2014, assumiu na semana passada o controle do Grupo Santamália, com receita anual de R$ 458 milhões. A aquisição foi anunciada em julho, mas o grupo aguardava a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A compra foi a primeira desde que o fundo de private equity Bain Capital adquiriu o GNDI em março de 2014. Leia a seguir a entrevista com o presidente da empresa, Irlau Machado Filho:
O que vai mudar no Santamália?
Os clientes do Santamália terão acesso à oferta de serviços e à rede de atendimento do GNDI e vice-versa. No futuro, vamos trocar o nome Santamália.
Vocês farão novas aquisições?
Estamos atentos a oportunidades. Nos interessam hospitais que complementem nossa rede de atendimento e operadoras de saúde com foco em planos corporativos, especialmente na região Sudeste.
Há uma disputa no setor por ativos?
Temos players olhando ativos disponíveis, mas muitos não competem entre si. Alguns buscam hospitais grandes, outros uma operadora de saúde. Para os estrangeiros, os ativos no Brasil estão mais baratos, mas também mais arriscados. Mas, de fato, deve ocorrer uma consolidação.
A crise afetou o grupo?
Quando o desemprego aumenta, afeta o mercado todo, porque cai o total de beneficiários dos planos corporativos. Mas adicionamos quase 1 milhão de usuários à nossa base este ano. Ganhamos mercado porque temos uma estrutura verticalizada que nos permite gerenciar melhor custos e oferecer preços mais competitivos.
Irlau Machado Filho, pres. Do Notredame Intermédica
Fonte: Estado de S. Paulo – 23.11.2015