Por Maria Cristina Frias
O Brasil é o segundo país latino com maior inflação médica prevista para 2015 — alta de 17%, atrás apenas da Argentina (29%), segundo levantamento da Mercer Marsh.
“A inflação é impactada, sobretudo, pelo câmbio, já que muitos equipamentos são importados e uma série de investimentos vêm de fora, atrelados ao dólar”, diz Renato Cassinelli, da consultoria.
As altas da moeda norte-americana em relação ao real devem continuar a impactar a área de saúde, diz o analista.
“As empresas também estão muito preocupadas com a sustentabilidade dos planos médicos dentro da sua estrutura de custo.”
Em toda a América Latina, a alta dos preços no setor médico é, em média, duas vezes maior que a verificada na maioria dos 29 países que foram analisados no estudo.
Na região, esse aumento de gastos, que é um dos principais responsáveis pelo maior custo na folha de pagamento das empresas, tem crescido acima dos salários.
“Os avanços na medicina e a população mais longeva, por isso mais dependente de tratamentos sofisticados, ajudam a elevar o índice nesses países”, avalia Cassinelli.
Na Ásia, as maiores subidas de preços devem ser no Vietnã (23,4%), na Tailândia (17,8%) e na Malásia (16,1%).
Já entre os europeus, Rússia e Turquia são os países em que estão previstas as maiores elevações, de 16,9%, 15,7%, respectivamente. Portugal (1,3%) e Itália (2%) devem ter os menores índices.