Caminhos para inovação e otimização
Lucratividade e receitas de empresa digital master superam as de grupos que não miram excelência digital
11/11/2015

A jornada de transformação digital deve ser perseguida por todas as empresas que queiram manter market share e obter melhores resultados. Esta é a recomendação do Joel Oliveira, executivo da Capgemini Brasil, ao fazer palestra “Inovação e otimização de processos- como ser ágil”, a primeira da programação do Insurance Service Meeting.

Para ele, embora haja custos iniciais mais elevados das novas tecnologias antes de sua industrialização, está claro que o grupo digital master obtém mais receitas e mais lucratividade que as demais mais adiante. O esforço para ser um digital master, contudo, é complexa, tendo em vista a proliferação de aplicativos, mas é notório que “a agilidade e a digitação andam juntas”.

A transformação digital significa mudar radicalmente o desempenho das empresas e reclama gestão madura e eficiência digital. Em todo os lugares, há exemplos de empresas bem-sucedidas nessa jornada. Casos de empresas que corrigiram gargalos na distribuição, a partir da oferta de múltiplos canais digitais, permitindo que o segurado possa, por exemplo, obter a cotação em sua rede social, e, caso precise interrompe o acesso, pode prosseguir por outros meios remotos, com o mínimo de interrupções, assinala ele.

Imaginar soluções para a utilização da internet das coisas na abordagem dos clientes, adotar softwares de inteligência neural em seus SAC, para que os operadores busquem saídas que agradem aqueles clientes formadores de opinião e ampliem a retenção de segurados, ao mesmo tempo. Enfim, o desafio de encantar os clientes deve estar no radar das seguradoras com uso de novas tecnologias, sem falar em prêmios praticamente individualizados, porque, com o salto tecnológico, o cliente médio, cujo rosto antes era um fantasma para as seguradoras, agora cada vez mais tem cara e suas singularidades.

Por fim, a chegada da geração mais jovem ao mercado reclama um atendimento 100% digital. A transformação digital deve incluir agilidade na subscrição de riscos, na emissão das apólices e na liquidação de sinistros ainda. E é preciso conviver com o fantasma de que poderosos competidores poderão chegar ao mercado, como Google, com uma penetração enorme no mundo, que hoje já opera como corretor e logo poderá virar uma seguradora, com vantagens competitivas, como capital e big date valioso.

Os exemplos de algumas seguradoras, como a Marmalade e sua opção de vender seguros para motoristas jovens nos Estados Unidos com preços competitivos; a ágil política de subscrição da Progressive; as práticas de liquidação de sinistro da Viva, para reduzir o desconforto dos segurados; e a padronização da solução de sinistro para o mundo inteiro adotada pela AIG devem estar entre os cases que os seguradores brasileiros podem inspirar suas ações, lembra o especialista.

 

“Pegando pelo lado da inovação, vocês não vão competir com mais com velhos conhecidos. Em vez de coiotes conhecidos, seus concorrentes serão enxames de abelha, e não haverá como competir com todos eles. O mais aconselhável será firmar parcerias com eles. Esse mundo cada vez mais digital, mesmo que não queiramos, alguém vai ocupá-lo. E eles já estão entre nós, pegando uma necessidade de cliente, uma faixa da cadeia de valor e revolucionando-a por inteiro”, lembra Duarte Carvalho, consultor de serviços financeiros da EY.

Na avaliação do diretor da IBM, Luiz Rodrigo Barros e Silva, as seguradoras não estão paradas, mas precisam acelerar a jornada de transformação digital. Os gaps de mercado existem e as companhias precisam responder aos múltiplos desafios para serem mais ágeis. Há cinco importantes áreas em que as seguradoras deverão concentrar sua energia. Desde conviver com um consumidor cada vez com mais poder, disponibilizando vários canais para atendê-lo; desenvolver seguros temporários, como coberturas para um fim de semana, exigindo-se solução tecnológica para realizar a subscrição; aplicativos capazes de suportar a absurda quantidade de dados, pressão de preços, a questão regulatória e as tecnologias legadas. “Já há bons exemplos nessas ações, mas as seguradoras terão ampliar o leque de soluções digitais para atender, com celeridade, às exigências no plano regulatório, para simplificar processos operacionais, visando simplificá-las e reduzir preços”. E definir ações envolvendo as tecnologias legadas, que foram responsáveis por desenvolver o mercado nos últimos anos, mas agora tornaram-se um limitador da agilidade exigida para os novos tempos que se anunciam.





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