Fonte: Saúde Business - 29/10/2015
Por Tymo Nakao
Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do conselho empresarial Brasil-China, reforça que o crescimento chinês em termos absolutos é impressionante e que “se a China crescer 5% na economia atual representará um crescimento de 18% da época de 2008, em termos absolutos”. No entanto, que nos dois países, há uma necessidade de uma reforma estrutural e que o Brasil deve trazer de volta a competitividade no mercado externo perdido. Além disso, não devemos ter os super-ciclos de commodities e expansão da economia internacional como âncora da economia brasileira nem depender de protecionismo, crédito subsidiado e reservado de mercado para garantir o bem-estar econômico.
Hugo Barra, vice-presidente do Xiaomi, fala que, nas variáveis dele, o Brasil não está em crise, citando tempo de uso, acesso e crescimento na velocidade da internet e smartphones. Por exemplo, os brasileiros passam 60% mais tempo na mídia social do que a média do país. O Brasil conta com base de usuários relevantes em sites como Netflix e é o quarto mercado de smartphones no mundo, com um crescimento exponencial no seu uso. Deste modo, no ambiente digital e tecnológico, relata estar bastante otimista em relação ao crescimento.
Deste modo, podemos esperar uma expansão de empresas digitais e de tecnologia tendo o Brasil como alvo, e a história se replica na área de saúde também. A digitalização e a informatização não deixarão de existir por causa da crise, mas sim é uma oportunidade de transformação positiva que, se usado bem, podemos revolucionar a saúde do Brasil nos níveis sistêmicos e individuais.
Mas como uma mudança estrutural no Brasil, precisa mudar, e o Hugo elencou a educação como um dos pilares de mudança nacional. A necessidade de replicar um modelo como a da Índia, que conseguiu elevar não somente o nível e o número de faculdades de tecnologia de ponta, mas de ter uma educação de base com forte componente científico e tecnológico, torna-a em uma das principais potências atualmente. A razão de ter citado Índia em detrimento da China é que apesar do bom exemplo em educação da China, por ser um país e ambiente tão único, não é replicável em outros países.