Desejamos e precisamos, como País, que em futuro não muito distante a população brasileira receba melhores serviços de saúde. E, por consequência, avalie de forma mais positiva o sistema público.
Apesar dos inegáveis avanços havidos nos últimos anos, estamos, porém, muito distantes de uma situação que possa ser realmente bem avaliada. O próprio Ministério da Saúde avaliou os serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do IDSUS - Índice de Desenvolvimento do SUS. No resultado, em uma escala que varia de 0 a 10, os quesitos como acesso aos serviços e população atendida pelas equipes básicas de saúde, ficaram pouco acima da média, 5,47. Do total de 5.633 municípios brasileiros, apenas 6, ou 0,1% obtiveram nota superior a 8.
Não são índices para exibirmos com orgulho, mas relevam transparência no trato da questão de saúde pública como o próprio ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez questão de ressaltar ao divulgar os resultados do estudo.
Do ponto de vista da ciência e da inovação, evoluímos de maneira considerável: a população está vivendo mais e melhor graças às novas terapias, ao mesmo tempo em que enfrentamos de maneira bem sucedida, ainda que de forma desigual, as doenças básicas. Entretanto, é fundamental empreender novos e constantes esforços para resolver a equação das doenças mais complexas.
Ao mesmo tempo, o vertiginoso crescimento do arsenal terapêutico, as especializações dos profissionais médicos e, de certa forma, uma bem sucedida customização dos medicamentos, fazem frente às dificuldades da administração de gerenciar a escassez de recursos para permitir mais acesso da população às novas terapias disponíveis.
O sucesso dessa intrigante equação dependerá da capacidade de cada agente de saúde pública de compreender que o admirável mundo novo da ciência evolui numa velocidade estonteante e que as pesquisas de novos medicamentos com tecnologias avançadas serão sempre mais eficazes e decisivas para a adesão aos tratamentos pelo paciente.
A sociedade que se informa, se agita e se transforma será uma sociedade cada vez mais exigente em termos éticos. A inovação será o elemento definidor entre vitoriosos e derrotados. Nesse mundo fantástico de descobertas diárias, haverá quem delas participe ativamente, capacitando melhor seus profissionais, atendendo primeiro, e melhor, a seus pacientes, gerando conhecimento, descobertas e, a partir delas, viabilizando resultados, inclusive econômicos para países e instituições. E haverá os que, ao contrário, incapazes de entender o sentido da inovação, chegarão atrasados ao futuro e por ele pagarão caro, em todos os sentidos.
Nós da Interfarma, temos o compromisso de defender a ética e a pesquisa de novos medicamentos como princípios básicos de nossas atividades. São alicerces de valores muitas vezes intangíveis, mas que assim como a ciência, a pesquisa e inovação precisam estar sempre em constante evolução para o bem da saúde e do paciente brasileiro.