A Rede D’Or trouxe para São Paulo uma tecnologia inovadora para o diagnóstico de doenças hepáticas, disponível pela primeira vez em hospitais paulistas. O método de elastografia esplênica com o FibroScan 630 Expert foi adotado no Hospital São Luiz Itaim, localizado na zona sul da capital paulista.
Essa tecnologia se destaca por utilizar uma combinação de vibrações de baixa frequência e ultrassom para medir a rigidez, a quantidade de gordura e a elasticidade do fígado. O dispositivo é equipado com uma tecnologia de localização ultrassonográfica, que aprimora a precisão dos exames, especialmente em pacientes com anatomias complexas ou obesidade, oferecendo diagnósticos mais rápidos e assertivos, de forma menos invasiva.
“As ondas emitidas pelo aparelho percorrem o órgão e geram resultados numéricos imediatos e altamente confiáveis, indicando, por exemplo, a dureza do fígado. Quanto maior a rigidez, mais avançado é o grau de fibrose, que é o acúmulo de tecido cicatricial, podendo resultar na perda de funcionalidade do órgão em estágios mais avançados”, explica Marcio Almeida, médico e Head de Hepatologia da Rede D’Or São Paulo.
Outro diferencial do exame é que ele também avalia o baço, ampliando as informações disponíveis para o médico na hora de fazer a avaliação clínica e tomar decisões. Trata-se do método mais validado na literatura médica, reconhecido em todos os guidelines nacionais e internacionais no tratamento de doenças hepáticas.
O exame é rápido, indolor e não invasivo, uma vez que não exige perfuração do órgão ou incisões cirúrgicas. “Isso proporciona mais conforto e segurança ao paciente, além de permitir exames mais frequentes para monitorar condições que exigem acompanhamento constante”, acrescenta Bianca Della Guardia, médica e Head de Hepatologia da Rede D’Or São Paulo.
A elastografia com o FibroScan 630 Expert pode ser usada tanto para diagnóstico quanto para monitoramento de doenças hepáticas. É particularmente útil em condições como hepatites virais, esteatose hepática (gordura no fígado), cirrose hepática (por álcool, vírus ou outras causas), doenças autoimunes do fígado, entre outras, que frequentemente não apresentam sintomas até estágios avançados e afetam milhões de pessoas globalmente.
“O exame também permite identificar precocemente pacientes com maior risco de complicações graves, como o câncer de fígado, um dos mais letais no mundo. Isso possibilita um rastreamento mais frequente e reduz significativamente a necessidade de procedimentos invasivos, como a biópsia hepática”, destaca Bianca Della Guardia.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que, entre 2023 e 2025, sejam diagnosticados 10,7 mil novos casos de câncer de fígado, o quarto tipo de tumor maligno mais fatal nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Com um investimento de cerca de R$ 1 milhão, o FibroScan 630 Expert é o único equipamento desse tipo em hospitais de São Paulo. “Nosso compromisso é oferecer as tecnologias mais modernas e eficazes para promover a saúde e o bem-estar dos nossos pacientes. A chegada deste equipamento é mais um passo em direção a esse objetivo, proporcionando acesso a exames de alta complexidade com resultados rápidos e precisos”, enfatiza Marcio Almeida.