Com 22 aquisições, receita da Alliar atinge R$ 900 milhões
29/09/2015
A Alliar, empresa de medicina diagnóstica criada pelo Pátria, prevê neste ano receita de R$ 900 milhões, alta de 28,5% em relação a 2014. Deste total, cerca de 40% é proveniente do CDB ­ Centro de Diagnósticos do Brasil que fechou uma fusão com a Alliar no fim do ano passado. Com a associação, a Alliar entra no segmento de análises clínicas e amplia o segmento de exames com imagem. Até então, a Alliar atuava apenas com imagem.

Os exames de imagem têm uma margem de rentabilidade maior quando comparado aos exames básicos de análises clínicas. A margem Ebitda da Alliar, já com o CDB, é de cerca de 20%. Na concorrência, esse indicador é de 20,5%, no Fleury , e de 12,8% na Dasa, a maior rede do setor.

Fundada há cinco anos, a Alliar tem feito um movimento forte de consolidação. Nesse período, a companhia fez 21 aquisições, uma fusão com o CDB e criou uma empresa para atender o governo da Bahia num contrato de PPP (Parceria Público Privada) de R$ 1 bilhão. O Pátria tem experiência em medicina diagnóstica, pois participou da expansão e abertura de capital da Dasa.

Hoje, Alliar tem 102 unidades, sendo que 60% são das aquisições. Os recursos usados para compra dos laboratórios vieram de aportes do Pátria e do IFC (braço do Banco Mundial para o setor privado), que concedeu um crédito de US$ 50 milhões. Praticamente todo o aporte do Pátria, de valor não informado, e US$ 40 milhões do IFC já foram usados.

O modelo de negócio da Alliar é diferente de suas concorrentes. A Alliar adquire a totalidade dos laboratórios e o pagamento é feito em dinheiro e troca de ações. Com isso, a estrutura societária atual é a seguinte: 43% estão com os fundadores do CDB, 32% com os fundadores dos outros 21 laboratórios e uma fatia de 25% é do Pátria. "A cada aquisição, a participação dos sócios é diluída, mas eles passam a deter uma fatia de um negócio maior", disse Fernando Terni, presidente da Alliar que agora passa a se chamar Alliar Médicos à Frente ­ Sistema Diagnósticos de Saúde. "Esse nome é porque mantemos os médicos fundadores no negócio."

Em 2016, a Alliar começa a montar unidades maiores, com cerca de 5 mil m2 para oferecer vários tipos de exames diagnósticos. Hoje, a Alliar tem 110 ressonâncias e, segundo Terni, só a Dasa tem um volume maior desse tipo de equipamento que custa em média US$ 1,5 milhão, cada. Segundo Terni, a expansão por aquisição continua e ainda neste ano deve anunciar a compra de mais um ativo. Além disso, ele diz que a empresa está estruturada para um IPO em 2017.

Outra investida da Alliar é a área pública. Ganhou, em fevereiro, via licitação, um contrato de 11 anos com o governo da Bahia. "Vamos fazer a gestão de 12 hospitais, já assumimos seis deles. Seremos responsáveis pela renovação do parque tecnológico, reforma das unidades, contratação de médicos e gestão do serviço de exames de imagem desses hospitais", disse Fernando Pereira, responsável por essa área na Alliar. Ele observa que "na Bahia, há 15 milhões de habitantes, 3 milhões têm plano de saúde e 12 milhões usam SUS". Fonte: Valor Econômico | Leia mais em tudofarma  em 29/09/2015




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