O Hospital de Ensino e Laboratórios de Pesquisa (HELP), em Campina Grande (PB), ultrapassou a marca de 130 mil procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde sua inauguração, em maio de 2023. Esse número inclui consultas, exames, atendimentos ambulatoriais e cirurgias. Atualmente, 88% dos pacientes atendidos na instituição são oriundos do serviço público.
Para Bianca Gadelha, Diretora de Qualidade do HELP, a atuação do hospital tem sido transformadora. “Milhares de pessoas, que muitas vezes aguardavam há anos por uma consulta ou cirurgia complexa, estão recebendo atendimento de excelência. O HELP preenche um vazio assistencial, garantindo uma jornada completa de tratamento”, afirma.
O hospital, parte da Fundação Pedro Américo, é fruto do sonho do médico e empresário Dalton Roberto Benevides Gadelha, que idealizou a instituição após vivenciar a dificuldade de acesso a tratamentos complexos na Paraíba. Sua visão resultou em um investimento de mais de R$ 600 milhões para a construção de um complexo hospitalar com 30 mil m², 400 leitos, 25 salas de cirurgia, pronto atendimento pediátrico e adulto, e estruturas dedicadas a partos humanizados e neurocirurgias.
Com mais de 2 mil colaboradores, o HELP foi projetado para estabelecer uma nova cultura filantrópica no Nordeste, com foco em qualidade, segurança do paciente e atendimento humanizado. Bianca destaca o impacto regional do hospital. “Queremos mudar a percepção sobre a Paraíba e o Nordeste, mostrando que esta é uma terra de resiliência e inovação. Nosso propósito é oferecer o melhor tratamento possível a todos, impulsionando a transformação social”, comenta.
Filipe Reul, Diretor de Relacionamento SUS, ressalta a contribuição tecnológica do HELP: “Nossa infraestrutura moderna possibilita que pacientes do SUS realizem exames e procedimentos muitas vezes inacessíveis em outros hospitais públicos. Isso melhora diagnósticos e tratamentos, reduzindo deslocamentos e desigualdades regionais.”
Os atendimentos gratuitos no HELP seguem critérios de encaminhamento:
Pacientes de Campina Grande: direcionados via unidades básicas de saúde ou pela Central de Regulação do município, no caso de internações.
Pacientes de outras cidades: devem solicitar encaminhamento por meio da Secretaria de Saúde local, que coordena o acesso ao hospital.
Apesar do impacto positivo, o HELP enfrenta dificuldades típicas da gestão pública. O Diretor Médico, Dr. Geraldo Medeiro, alerta para gargalos como a falta de integração nos sistemas de informação do SUS. “A ausência de um histórico unificado dos pacientes prejudica a precisão do atendimento. Essa é uma das muitas burocracias que limitam nosso potencial de atuação”, explica.
Mesmo diante desses desafios, o hospital segue ampliando sua capacidade. “Ainda estamos operando em fases e não atingimos 100% da nossa estrutura. Estamos trabalhando em novas expansões para garantir que os pacientes do SUS sejam atendidos com a maior agilidade possível, porque a doença não espera pela burocracia”, conclui Medeiro.