No mês em que se celebra a campanha Outubro Rosa, de conscientização e educação para os sintomas do câncer de mama, o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), passou a oferecer às pacientes uma tecnologia que aumenta a segurança e a precisão de exames diagnósticos. O Faxitron é indicado para retirada de lesões suspeitas na mama vistas por mamografia.
Conforme a médica mastologista Maira Caleffi, coordenadora do Núcleo Mama da instituição, o uso do Faxitron melhora a qualidade das amostras, oferecendo um resultado mais fidedigno. “No momento em que olhamos no aparelho essas lesões suspeitas, como microcalcificações, conseguimos retirá-las, visualizá-las através do equipamento – uma espécie de mamógrafo dentro da sala – e colocá-las diretamente em solução de formalina 10%. Nessa fase pré-analítica, o tempo é uma questão sensível, que pode impactar nos resultados de testes realizados em células tumorais”, explica. “Se a amostra ficar muitas horas fora dessa solução fixadora, podemos ter resultados que impactarão no tratamento, pois esse dependerá do perfil da doença”, completa.
Além disso, acrescenta, a tecnologia certifica o cirurgião que a porção retirada está adequada para realizar testes diagnósticos posteriores. “Falamos bastante em medicina personalizada, e o equipamento traz esse conceito ao garantir a integridade do tecido mamário”, completa Maira. Outra vantagem de ter o Faxitron na sala cirúrgica é que, se não houver a excisão completa das microcalcificações, a técnica permite ampliar margens de maneira correta e em tempo real, auxiliando no entendimento das lesões.
O primeiro procedimento com uso do Faxitron ocorreu na terça-feira (8), no bloco cirúrgico do Hospital Moinhos de Vento.
Casos de câncer de mama no Rio Grande do Sul
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o que mais acomete mulheres no país, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. As taxas mais altas se concentram nas regiões Sul e Sudeste.
A projeção da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), a partir de dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é que 22,46 mil mulheres da região Sul do Brasil recebam o diagnóstico de câncer de mama em 2024 e 2025.