O gasto anual com saúde nos EUA varia 60% dependendo da região - de US$ 3,9 mil a US$ 6,3 mil per capita. E os tratamentos mais caros não entregam os melhores resultados. Além de custos mais elevados, há também um abuso de práticas. E hospitais famosos que preferem aumentar preços do que cortar custos.
"Hospital não é um lugar seguro para estar, se você não precisa dele", disse o doutor Elliott Fisher, diretor do The Dartmouth Institute – um dos idealizadores da Accountable Care Organization (ACO). O médico fallou no segundo dia da 7ª. Conseguro durante a palestra Resolvendo o maior enigma da saúde: Melhorando a qualidade com custos controlados.
"O aumento dos custos da saúde e a queda da sua qualidade abre um mar de oportunidades para melhorar. O problema nos Estados Unidos é parecido com o do Brasil", disse Fisher. A ACO é um novo modelo de pagamentos de serviços de saúde nos EUA, que vem conseguindo exatamente cortar custos e aumentar a qualidade, diz Fischer.
Levou cinco anos para sair da ideia da ACO para a sua implantação. A ACO não é uma operadora de saúde, é uma pagadora, que trabalha com base em incentivos e análise de dados. “Muitos médicos têm o desejo de realizar um trabalho melhor. Este é um incentivo poderoso”.
A inflação dos custos médicos é maior do que a inflação média, não apenas no Brasil, mas em vários países, disse Marcio Coriolano, da FenaSaúde. “Aqui, a diferença ronda os 8%”, disse o presidente da FenaSaúde, que mediou a palestra do doutor Elliot Fischer.