A mamografia é uma ferramenta essencial para a detecção precoce do câncer de mama, que é o tipo que mais afeta as mulheres no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Em 2023, as associadas da Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) realizaram 1.499.154 mamografias, um aumento de 20% em relação a 2022, quando foram feitos 1.248.522 exames. Esses números evidenciam o avanço na conscientização e no rastreamento da doença.
Apesar do crescimento, o índice de não comparecimento aos exames segue elevado: mais de 15% das pacientes agendadas em 2022 e 2023 não realizaram a mamografia. Esse número reflete um desafio significativo tanto para a eficiência dos serviços de saúde quanto para garantir que mais mulheres realizem o exame preventivo.
Entre todos os exames de imagem realizados pelas associadas à Abramed, a mamografia representou 5% do total em 2022 e 2023, em um universo de mais de 24 e 29 milhões de exames, respectivamente.
“O aumento no número de mamografias reflete um avanço importante na conscientização sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama. Porém, o desafio do ‘no show’ persiste. É fundamental que todos se mobilizem para que mais mulheres compreendam a importância desse exame, que pode salvar vidas,” afirma Milva Pagano, diretora-executiva da Abramed.
O INCA recomenda a mamografia bienal para mulheres entre 50 e 69 anos, estratégia adotada por vários países com programas organizados de rastreamento do câncer de mama. Essa recomendação baseia-se em evidências científicas robustas que demonstram a redução da mortalidade nesse grupo etário.